terça-feira, 30 de junho de 2009

Ponto de situação a meio do ano...

[Férias! Uma sempre boa altura para ler...]

Passam-se hoje seis meses desde o início deste ano 2009, que está a ser aquele em que já li mais livros: e logo de tão boas qualidade, a maioria! Os livros que já li até agora, por ordem cronológica, foram:

  • "Lua Nova", de Stephenie Meyer;
  • "O Estranho Caso de Benjamin Button", de F. Scott Fitzgerald;
  • "A Filha da Profecia", de Juliet Marillier;
  • "A Fúria dos Reis", de George R.R. Martin;
  • "O Despertar da Magia", de George R.R. Martin;
  • "Sputnik, Meu Amor", de Haruki Murakami;
  • "O Menino que Sonhava Chegar à Lua", de Sally Nichols;
  • "A Irmandade do Anel", de J.R.R. Tolkien;
  • "A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol", de Haruki Murakami;
  • "O Retrato da Biblioteca", de Carina Monteiro;
  • "Ponte para Terabithia", de Katherine Paterson;
  • "Danças na Floresta", de Juliet Marillier;
  • "O que o dia deve à noite", de Yasmina Khadra;
  • "O Senhor Valéry", de Gonçalo M. Tavares;
  • "Mil Novecentos e Oitenta e Quatro", de George Orwell.
Isto sem contar com o "Brisingr" (do qual desisti após ler 500 páginas...) e "A Sombra do vento", de Carlos Ruíz Zafón (o qual estou a ler actualmente). Só a título de curiosidade, fui somar as páginas de cada um, e, em 6 meses, já li 4707 páginas... o que dá aproximadamente uma média de 785 por mês... o que dá uma média de 174 por semana... o que dá, por dia, 25 páginas. Nem eu tinha esta noção.

Até ao momento, o "autor-revelação" que conheci este ano, é Haruki Murakami. Li um em Março e outro em Abril, e ambos me surpreenderam pela positiva. O melhor livro até ao momento não é, no entanto, dele: Mil Novecentos e Oitenta e Quatro, de George Orwell. Mesmo muito bom! Até ao fim do ano, tenho mais alguns livros na mira, mas acredito que muitos vão ser lidos sem estarem programados...

É aproveitar as férias para ler!

Tiago

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mil Novecentos e Oitenta e Quatro - Crítica

É difícil falar acerca de «Mil Novecentos e Oitenta e Quatro» de forma clara e objectiva: por isso perdoem-me se me deixar levar por metáforas e elogios que aparentemente não se encaixam neste contexto.

Ao criar este livro, George Orwell mostrou o génio que nele havia. Inventou de raiz uma sociedade, a qual previu estar em curso cerca de 30 anos mais tarde. E embora isso não tenha de facto acontecido, não foi pela falta de lógica deste senhor que não se concretizou.... mas felizmente!

Neste 1984, o mundo é dividido em três super-potências: Eurásia, Lestásia e Oceânia. Acompanhamos a história pelo ponto de vista de Winston Smith, um cidadão aparentemente normal num mundo regido por ditadores que espalham cãmaras por todas as casas, em busca da menor falha na ideologia dos seus cidadãos... que semeiam o medo e a traição por todo o lado... num mundo de mentiras e ódios, de acontecimentos passados que podem ser moldados pela consciência humana. Só o presente conta, o passado é um simples utensílio que pode ser mudado conforme as necessidades. um mundo de diferenças, um mundo sem sentimentos. Um mundo de terror.

Mas Winston não é um cidadão normal, porque está convencido de que tudo deve mudar. mesmo consciente de que esses pensamentos lhe podem custar a vida, começa a traçar mapas mentais daquilo que pode ou não fazer. Tenta encontrar outros semelhantes a si no pensamento, busca essa que se pode tornar bastante perigosa...

Não existem partes chatas: mesmo existindo relativamente poucas falas e muitas teorias políticas e descrições dos estados geográficos das populações, a linguagem é bastante apelativa, e qualquer um a entende, e se sente com vontade de a ler! Uma contextualização brilhante, um enredo apelativo, e personagens que embora não sejam muito aprofundadas, nos marcam. Um romance que nos faz ver mais além, uma sátira a todos os regimes totalitários, um drama que nos faz repensar nas acções de cada dia...

Não sei mais o que dizer, apenas dizer que correspondeu e ultrapassou as minhas expectativas, embora já tivesse lido muitas críticas favoráveis. Definitivamente, o melhor livro que já li este ano. Provavelmente também ultrapassa o meu anterior livro preferido de sempre, Os Pilares da Terra. George Orwell está de parabéns, porque é esta obra é, sem sombra de dúvidas.... brilhante.

Páginas: 299

Personagem Preferida: Winston, O'Neill, o velhote do bar com que Winston falou, a senhora que canta enquanto estende a roupa...

Nota (0/10): 10 - Perfeito

Tiago

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Marcada - Crítica/Sugestão

Já lá vão alguns meses desde que não coloco neste blog qualquer post da minha autoria. Peço mais uma vez desculpa por isso, dizendo que vou (mais uma vez) , tentar compensar a minha longa ausência. E nada melhor que começar com uma crítica mas também com uma sugestão literária. Agora que as férias
começaram para alguns, e algumas pausas são feitas durante estes meses de Verão, é a altura ideal para descansar e também ler alguns livros.



A crítica/sugestão que apresento é de um livro recente. Trata-se de "Marcada" , escrito por P.C Cast e Kristin Cast, mãe e filha. Muitos acreditam que este livro é o próximo "Crepúsculo". Penso que isso não é verdade. A forma como a trama é desenvolvida, os acontecimentos demasiado rápidos, a própria estrutura da personagem principal não é estabelecida de forma a que no início faça sentido.

A história aborda essencialmente uma rapariga com dezasseis anos, Zoey Redbird, que de repente se vê marcada por um Caçador. Ao ficar com uma marca, ela é obrigada a transferir-se para uma escola, "A Casa da Noite" , onde vive todas as relações entre humanos: amizade, amor, traição, ciúme, inveja, etc...

Na minha opinião, apesar de alguns críticos conceituados apostarem em "Marcada" como a sucessão de "Crepúsculo", creio que não" encaixa" no estilo que Stephenie Meyer criou com a saga "Luz e Escuridão".

Quem já o leu ou tenciona ler, gostaria de saber a sua opinião, se concorda ou discorda, essencialmente a opinião sobre o livro.

Pontuação dada ao livro "Marcada": 6


(Patrícia)

terça-feira, 16 de junho de 2009

E-books


Início do século XXI: plena idade do desenvolvimento tecnológico. Os computadores passam a estar presente em quase todo o lado. A tecnologia e a informática dominam quase tudo - o mercado dos livros e das leituras não escapa a esta onda.

Os e-books são, explicando de forma muito básica, textos que estão guardados não em papel, mas sim num ficheiro informático, e que consequentemente só podem ser lidos através de um computador, ou dispositivo preparado para transformar todos aqueles bytes de informação em letras; em texto; num "livro".

Aos poucos, cada vez mais livros vão sendo editados ao mesmo tempo tanto em formato de papel como em e-book, para agradar a todos os públicos. No entanto, a tendência actual vira-se cada vez mais para os computadores, e isso poderia levar a uma valorização dos mercados de e-books, e desvalorização das editoras em papel e dos livros!

O que acham deste tema? Digam a vossa opinião. Para ser sincero, isto assusta-me um pouco, porque para mim nada substitui o prazer de folhear as páginas de um livro, tê-lo nas mãos, vê-los na estante... para além de que é bastante cansativo para a vista estar sempre a olhar para ecrâns!

Tiago

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Os Maias (Leitura "agendada")

A pedido da minha professora de Português, eu e o resto da minha turma devemos ler Os Maias durante as férias de Verão. A obra dispensa apresentações, assim como o seu autor, Eça de Queirós. Considerado por muita gente como uma das obras mais importantes escritas por um português, as expectativas para o que vou encontrar são relativamente elevadas. Não será para já, mas até ao fim de Agosto espero tê-lo lido.

Sem muito mais a acrescentar, sei que é uma história que retrata Lisboa algures no século XVIII ou XIX; tem como protagonistas a família Maia, nomeadamente a terceira geração desta, na qual se gera um amor proibido, entre dois irmãos.

Já leram? Gostaram?

Tiago

segunda-feira, 8 de junho de 2009

Citações II


« Os livros podem ser divididos em dois grupos: aqueles do momento e aqueles de sempre. »

frase de John Ruskin

Tiago

segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Senhor Valéry - Crítica

«O Senhor Valéry vestia sempre de negro. Ele explicava:
- Ao verem-me de preto julgam-me de luto e, por compaixão, não me enviam mais sofrimento.»

Parece-vos esperto, este senhor Valéry? É-o, de facto. Ao longo do livro, ficamos a saber que o Senhor Valéry é uma pessoa de estatura baixa, gosta de passear sozinho à noite pelas ruas do seu bairro, que gosta de desenhar, entre muitas outras coisas... é muito inteligente, este O Senhor Valéry, de Gonçalo M. Tavares, que com este livro inaugural da sua saga "O Bairro" ganhou o Prémio Branquinho da Fonseca.

Não é um romance, nem tão pouco uma novela. E talvez não sejam sequer contos. São histórias pequeníssimas, de duas a três páginas, acompanhadas de ilustrações do próprio Senhor Valéry (na verdade são de Rachel Caiano, cujo trabalho gostei muito de conhecer nesta obra). Uma constante ao longo do livro? Conciso, e lógico. Coerente e apelativo. Muito interessante.

A forma filosófica como O Senhor Valéry aborda temas comuns, a forma como os complica, mas depois os explica de forma directa, é muito gira de assistir. Mas o que nos apresenta são pensamentos bastante filosóficos, como por exemplo aquele que está em itálico no início desta crítica.

Fiquei bastante curioso no resto desta colecção, que continua a ser escrita pelo autor, e que actualmente com oito volumes, todos com nomes de personalidades do mundo da escrita, às quais o autor quis prestar uma homensagem nesta saga.

Um livro que pode ser lido numa hora, ao longo de uma semana, ou até de um mês, caso se queira ler uma situação das muitas que são apresentadas por dia. Os meus parabéns ao autor, que conseguiu criar um livro inteligente a partir de ideias, no fundo, simples e complicadas ao mesmo tempo!

Número de Páginas: 80

Personagem Preferida: Bem, esta alínea é escusada, mas... o senhor Valéry, visto que é a única personagem apresentada no livro, à parte de figurantes sem nome.

Nota (0/10): 6 - Agradável

Tiago
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