sábado, 28 de novembro de 2009

New Moon - O filme

Para além de sugestões, críticas e entrevistas a escritores, achei por bem pegar num meio inspirado pela literatura e basear o meu post nesse mesmo assunto. Como já devem ter reparado, vou falar acerca do filme "New Moon - Lua Nova", que estreou dia 26 de Novembro. Não resisti e fui ver ontem, como já tinha lido o livro pensei que era uma boa oportunidade para "compará-lo" com a ideia apresentada por Stephenie Meyer. Não fiquei desiludida, diga-se de passagem.

Achei que o filme tinha o essencial, algumas cenas foram cortadas e na minha opinião não é de censurar visto que eram descrições que naquele momento não faziam grande sentido. Gostei da interpretação dos actores, principalmente das expressões e da forma como conseguiram representar sem ser excessivo ou digno de crítica. A parte da transformação de homens para lobos, achei muito interessante. Conseguiram fazê-lo sem os típicos comentários de que era irreal e que não estava, de forma cinematográfica, nas melhores condições. Penso que nesse sentido houve um cuidado bem conseguido.

Como personagens favoritas, gostei mais uma vez da Alice, do Charlie e do Jacob. Também gostei das restantes, mas neste filme foram mais evidentes as participações destes actores.

Aconselho a que passem pelo cinema, que vejam este filme e depois possam deixar aqui a vossa opinião. Falem das vossas personagens favoritas ou dos aspectos que mais gostaram e do que esperam para os próximos filmes do realizador da saga "Twilight".

Patrícia

sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Crítica - "Auto-retrato do escritor enquanto corredor de fundo"

Que Haruki Murakami era o meu escritor preferido, isso eu já sabia com certeza desde Outubro. Que ele sabia escrever romances a desafiar o sentido da lógica e do que é racional, disso eu também já tinha conhecimento e experiência própria. Agora que a sua vida era desta forma, isso admito que não fazia a mínima ideia - e que com esta obra deixaria de gostar apenas do autor, e passaria a gostar essencialmente da pessoa por trás dos livros. Não estão bem a perceber: «Auto-Retrato do Escritor enquanto corredor de fundo» volta a surpreender-me, mesmo depois de tantas surpresas que Murakami já me deu este ano.

Em Fevereiro li «Sputnik, Meu Amor». Pensei: "Olha, este autor até me surpreendeu pela positiva. Tenho de ver de mais livros dele!". Em Março li «A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol», e pensei: "Bem, estou a ver que o outro livro não foi excepcção. O japonês é mesmo bom nisto!". Em Outubro, depois de ter acabado «Crónica do Pássaro de Corda», cheguei à conclusão que provavelmente aquele era o meu livro preferido de sempre. E não é que ele volta a superar todas as minhas expectativas com este ensaio autobiográfico??

É de malucos pensar que é possível! Neste livro, Haruki Murakami parte, no início de cada capítulo, do tema «corrida». É que, desde os trinta anos, ele tem uma rotina diária de corredor de fundo (de longas distâncias). Corre uma hora por dia em média. Participa em uma maratona por ano - e já tem 60 de idade (embora, muito sinceramente, não pareça). Mas vai divagando... passa pela sua vida, pela forma como escreve os romances, pela sua relação consigo mesmo, pelos seus sentimentos e a sua maneira de ser... abre a sua alma aos leitores. Chega a ser em certos momentos demasiado directo. Diz aquilo que pensa sem rodeios. E retrata-se de uma forma maravilhosa de se ler.

É que ao longo das quase 190 páginas não há um único momento considerado chato! Ele vai divagando, pega num assunto, depois noutro, mas nem por um momento sentimos vontade de pôr o livro de lado! O que sente enquanto corre. O que sente enquanto escritor. O que sente enquanto pessoa. Queria também realçar, embora nunca tenha dito isso, que a tradução dos livros de Murakami para português, feita por Maria João Lourenço, é de louvar - é que uma má tradução pode "matar" uma obra excelente, e tenho a certeza que neste caso é ao contrário; só ajuda ainda mais!

Um livro excelente, que me surpreendeu (a pergunta é: porque é que me continuo a surpreender?) e mudou um pouco a minha forma de ser, provavelmente mais do que qualquer livro que li este ano. Certos ensinamentos, ou conclusões, ecoam-me na cabeça. Indispensável para quem já leu e gostou de um livro dele, este ensaio autobiográfico, este tratado sobre a corrida à la murakami, deixou marcas em mim. E está novamente de parabéns, senhor Murakami!

Páginas: 186

Nota (0/10): 10 - Perfeito!

Tiago

quinta-feira, 26 de novembro de 2009

1Q84 e entrevista recente a Haruki Murakami

O escritor japonês Haruki Murakami, já por diversas vezes aqui falado no blog (a média das 4 críticas feitas aqui aos seus livros situa-se nos 9,5 em 10) editou no Japão, à cerca de seis meses, as duas primeiras partes do seu novo romance, numa totalidade de mais de 1000 páginas. Uma terceira parte sairá para venda no próximo Verão.

1Q84 é o título do livro - lido em japonês, o Q pode ser lido 9, o que nos reporta ao título da famosa obra de George Orwell, Mil Novecentos e Oitenta e Quatro (também já aqui criticada no blog - com nota 10). Murakami deu recentemente uma entrevista, a qual o Diário Digital traduziu e reproduziu hoje extractos na sua página online:

«1984 era um romance sobre o futuro próximo. Eu quis escrever alguma coisa oposta a isso, um romance sobre o passado recente que mostrasse como as coisas poderiam ter sido», explica Murakami.

«Isso é algo que poucas pessoas fizeram. Eu tinha essa sensação de que queria recriar o passado, em vez de reproduzi-lo. Questiono-me sempre sobre se o mundo em que estou é o real. Em algum lugar em mim, acho que há um mundo que pode ser diferente deste».

Ao ser questionado sobre se tinha sonhos tão complexos quanto os que descrevia nas suas histórias, Murakami diz que raramente sonha.

«Talvez eu tenha [sonhos complexos], mas não me lembro de nada. Quando acordo de manhã, tudo se foi», diz. «Em compensação, sonho muito acordado - noutras palavras, isso é escrever romances», acrescenta. Uma das questões que mais atraem a atenção do escritor japonês é a questão israelo-palestiniana.«Eu recebi o prémio [literário] Jerusalém recentemente e fui para Israel. Senti profundamente o sofrimento do povo judeu e palestiniano na terra de Jerusalém. Deve ser difícil para ambos viverem como indivíduos sem pertencer a um lado, a um dos sistemas.»

Foi divulgado à dias que a data de publicação destes livros em inglês será em Setembro de 2011. Com o tempo de traduzir para português, eu diria que é necessário adicionar mais um ano a esta data. Ou seja, ainda temos muito tempo de espera. Amanhã não percam aqui no blog a crítica ao livro que estou a ler agora dele - Auto-Retrato do Escritor enquanto Corredor de Fundo.

Tiago

segunda-feira, 23 de novembro de 2009

Crítica - "Cartas na Mesa", de Agatha Christie


Para começar, Agatha Christie é uma daquela escritoras que devem ser experimentadas por toda a gente, porque no fundo é considerada a rainha dos livros policiais. Foi com esta motivação que parti para a leitura de «Cartas na Mesa», livro que já tinha na estante desde 2006 ou 2007, e nunca lhe pegara. As expectativas eram medianas - por um lado, a autora tinha um grande pestígio, assim como a sua personagem principal Hercule Poirot; pelo outro, policial nunca fora o meu género preferido de leitura...

Acabou por se revelar como uma surpresa positiva. O enredo era linear - um dos quatro suspeitos era o assassino, por ter morto Mr. Shaitana. O facto de os suspeitos se limitarem a 4 suspeitos, e termos a certeza que foi um deles, ajuda ao leitor a ir reunindo as pistas, e tentar adivinhar por si mesmo. O problema é que a história dá sempre reviravoltas, e a seguir a ouvirmos o testemunho de uns passamos a desconfiar de outros, e sempre assim...

Achei a investigação inteligente. Neste livro em específico haviam 4 investigadores, entre os quais estava Poirot. Foi engraçado vermos os métodos diferentes de cada um deles, no fim a reunirem-se na verdade. Emocionante no final, com certos momentos que nos fazem sorrir, penso que a única desilusão foi a personagem de Hercule Poirot:

Embora já tivesse uma ideia de que seria muito bom nas pistas, e muito sublime na investigação, pareceu-me demasiado bom. O que quero dizer é que, embora goste do facto dele ser um bocado esquisito, tanto na maneira de ser como de investigar, a inteligência e o jeito de investigar sobe acima do que seria possível, principalmente no final.

Livro agradável de se ler, com capítulos pequenos passados em locais diferentes; ao longo da narrativa vamos virando as cartas na mesa contra diferentes suspeitos, vamos confirmando coisas que vêm a ser desconfirmadas, e tudo dá muitas voltas. Uma boa entrada no mundo dos policiais de Agatha Christie, na minha opinião!

Páginas: 206

Personagem Preferida: Mrs. Ariadne Oliver e Rhoda Dawes

Nota (0/10): 7 (Bom)

Tiago

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Crítica - O Banqueiro Anarquista

Posso dizer que nunca tinha lido um livro que fosse considerado um ensaio - e é desta forma que eu catalogo esta obra de Fernando Pessoa, mesmo não sabendo se é considerada ou não assim: um ensaio! Acerca do Anarquismo, e de todos os pradoxos relativos a essa teoria política/social. Este tipo de temas despertam em mim alguma curiosidade; cada vez mais me interesso pelos temas políticos da actualidade, daí que tenha apreciado a leitura d' O Banqueiro Anarquista.

Publicado originalmente no nº1 da revista «Contemporânea», em 1922, esta é a história curta (são só 57 páginas) de dois homens que se encontram sentados numa mesa. Um deles é o narrador presente. O outro é o banqueiro, que afirma ser mais anarquista do que qualquer outro membro das «organizações operárias». Ora o Anarquismo, resumindo aquilo que compreendi da leitura do livro, é um sistema político que rejeita todos os tipos de sistemas políticos, ou seja, não existem diferenças sociais entre as pessoas! O poder não está concentrado em ninguém!

Ora, à partida, ser banqueiro (e ser rico) entrava em curto-circuito com o facto de defender e dizer praticar o anarquismo. Pois ao longo de toda a conversa, vai-nos explicando que não! Que ser banqueiro é, aliás, uma forma bastante legítima de ser anarqista!

Um livro original - um ensaio, como digo - que esclarece as pessoas acerca desta teoria. E, na minha opinião, uma excelente forma de começar a ler a prosa de Pessoa. Após ter lido dois livros deste grande senhor, e tendo ainda mais oito por ler até ao fim do ano (os que estão a vir semanalmente com o jornal i, grátis), este autor merece já uma posição de destaque na minha consideração. Espero curioso pelo próximo dele.

Páginas: 57

Personagem Preferida: O Banqueiro. Entre um e o outro, não é difícil escolher...

Nota (0/10): 6 - Agradável

Tiago

terça-feira, 10 de novembro de 2009

Novas Adquirições! E logo estas...


Haruki Murakami!

Tiago

segunda-feira, 9 de novembro de 2009

Crítica - A mulher que prendeu a chuva (e outras histórias)

Este é um livro que reúne 14 contos, escritos por Teolinda Gersão, que me surpreendeu. Ultimamente tenho experimentado livros de estilos diferentes daqueles que leio, e tenho-me surpreendido sempre. Com "Mensagem", de Fernando Pessoa, passei a acreditar que um livro de poesia pode narrar uma história ao longo das páginas - tinha a ideia de que seriam apenas poemas avultos. Com este "A mulher que prendeu a chuva", passo também a acreditar num livro de contos que siga uma linha uniforme de enredo, embora as personagens que nos sejam apresentadas ao longo das 136 páginas sejam diferentes em todos os aspectos.

Em cada conto, é-nos apresentada uma situação real do nosso mundo... e depois esta vai-se desfocando, transformando-se aos poucos num sonho... e quando damos por isso a situação perante nós ou é surreal, ou absurda, ou assumiu inegavelmente os contornos do sonho.

Algumas histórias comovem, outras fazem rir, outras dizam uma áurea de de mistério em volta delas; temos de todo o tipo de contos neste livro: na primeira e na terceira pessoa; mais longos e mais curtos; pessoas com problemas na vida e pessoas sem eles... mas essa constante, da realidade que se desfoca aos poucos, está sempre lá. Um livro agradável de se ler, que nos faz sorrir no fim.

Páginas: 136

Personagem Preferida: Visto que cada conto tem protagonistas diferentes, escolher uma personagem preferida pdoeria ser uma tarefa difícil; no entanto, para mim não. O velho do segundo conto do livro foi uma personagem que me marcou bastante.

Nota (0/10): 6 - Agradável


Tiago

sábado, 7 de novembro de 2009

Nova Editora: Ahab.


No passado dia 28 de Outubro, foram editados os três primeiros livros de uma nova editora portuguesa, com sede no Porto: a Ahab conta com o design dos estúdios Andrew Howard, que, como se pode observar pelas capas, é original e brilhante. De sublinhar também a presença do nome dos tradutores nas capas dos livros!

Acontece que ontem, numa visita à FNAC, reparei nestes três livros que passarei a mostrar em baixo, e gostei deles. Li inclusivé o primeiro capítulo do "Pergunta ao Pó", de John Fante, e fiquei bastante cativado. A editora está disposta a publicar grandes obras internacionais nunca editadas em Portugal. Consta ainda que editará entre 8 a 10 livros por ano.

Andei à procura da presença da Ahab no mundo da internet, mas pelo que pesquisei ainda não tem nem site, nem blog, nem nenhuma rede social. Esperemos que não tarde muito, porque a internet é cada vez mais um meio importante para cativar novos leitores. ACTUALIZAÇÃO: Entretanto, um utilizador (membro da editora?), comentou o Lydo e Opinado, e disponibilizou o link do site da editora, que podem ver carregando aqui. Como se pode ver, o site ainda está em construção. Muito obrigado à pessoa que disponibilizou. Seguem-se as três capas dos livros e as respectivas sinopses.

Pergunta ao Pó - John Fante
Sinopse: «Publicado em 1939, Pergunta ao Pó é a história de Arturo Bandini, um jovem aspirante a escritor recém-chegado à Los Angeles dos anos 30. Lutando pela dura sobrevivência diária enquanto sonha com o sucesso literário, Bandini vai-se deixando fascinar pelo lado sórdido da cidade até se envolver com a esquiva e temperamental Camilla Lopez, uma empregada de bar mexicana. A paixão que a um tempo o arrebata transforma-se, pouco a pouco, numa destrutiva relação de amor-ódio que vai conduzir a um trágico desenlace.Pergunta ao Pó é uma obra marcante de um mestre da ficção americana do século XX e foi adaptado ao cinema por Robert Towne, que o classificou como o melhor romance alguma vez escrito sobre Los Angeles.»

Pudor e DignidadeDag Solstad
Sinopse: «Elias Rukla, professor do ensino secundário, leva vinte e cinco anos a repetir as mesmas verdades inalteráveis sobre a obra de Ibsen. Até que um dia, a meio de uma aula, acredita ter descoberto o verdadeiro significado da peça de teatro O Pato Selvagem. Mas não é só a sua compreensão da obra de Ibsen que muda, de algum modo essa descoberta fá-lo-á olhar com nostalgia e impotência para o significado da sua vida. Entre a farsa e a tragédia, o romance de Dag Solstad, publicado em 1994, reflecte sobre o que resta do amargurado professor e da sua indescritivelmente bela mulher, Eva Linde, quando se desmoronam todas as ilusões, pois, como diz uma personagem de Ibsen, ‘Prive o homem comum da sua mentira vital e ter-lhe-á roubado a felicidade’.»


A IlhaGiani Stuparich
Sinopse: «Um homem doente pede a seu filho que abandone por uns dias as montanhas em que passa o Verão e o acompanhe, talvez pela última vez, à ilha adriática em que nasceu. O reencontro com essa paisagem luminosa, repleta de recordações, é decisivo para ambos. Um descobrirá o que significa deixar descendência; o outro enfrentará o sentido da perda. O estilo elegante e contido desta narrativa, publicada pela primeira vez em 1942, converte-a na obra-prima de Giani Stuparich. A Ilha, publicado em 1942, é, nas palavras de Claudio Magris, um ‘admirável conto de vida e de morte, não exorcizada, mas sim encarada impiedosamente de frente’.»

Tiago

Nota: A informação que usei para este post, nomeadamente as sinopses dos livros, tirei do blog Porta-Livros.

segunda-feira, 2 de novembro de 2009

Crítica - Crónica do Pássaro de Corda

O livro começa assim: «Estava na cozinha a vigiar o esparguete ao lume, quando tocou o telefone. Ao mesmo tempo ia assobiando a abertura da ópera La Gazza Ladra de Rossini, que estava a tocar numa estação de rádio em FM. O fundo musical perfeito para cozinhar massa.» Que maneira estranha de começar um livro, dirá quem nunca leu nenhum livro de Haruki Murakami. E reforçará essas palavras quando ouvir por alto o que acontece a seguir: o protagonista, Toru Okada, atende a chamada, e descobre que quem fala do outro lado da linha é uma mulher que ele nunca conheceu - e que lhe pede 10 minutos para se entenderem. Estranho, não é? Estranho a maravilhosamente belo e poético.

Tinha pensado para mim mesmo. Depois de ler «Sputnik, Meu Amor», e «A Sul da Fronteira, a Oeste do Sol», se a «Crónica do Pássaro de Corda» não fosse um livro excelente, seria uma desilusão. Murakami prometera demasiado com os seus dois anteriores romances lidos por mim; mas surpreendentemente consegue dar a volta por cima, e acertar no centro do alvo com este livro. Como um atleta de salto em altura que coloca a fasquia nos dez metros, e inesperadamente consegue. Desculpem a comparação estranha... influências de ler este autor!

Este autor que mistura a realidade com o surreal, que faz cocktails de sonhos e fenómenos inexplicáveis, que torna o quotidiano do Japão tão compreensível aos nossos olhos; que cria as personagens mais estranhas e cativantes; que envolve tramas e dramas envolventes; e que, com este livro, alcança um patamar elevadíssimo da sua qualidade literária.

Para quem quer experimentar uma fuga do mundo real, e envolver-se com uma história comovente e metafórica, com referências a passagens de guerra bem descritas.... um livro para ler e ficar a chorar por mais! Mas completamente! À terceira é de vez... e com este terceiro livro de Haruki Murakami, o autor convenceu-me definitivamente - é já um dos melhores (se não o melhor) livro do ano, e um dos (se calhar «o») livros da minha vida!

Páginas: 632

Personagens Preferidas: Todas!... Mas May Kasahara destaca-se um metro à frente.

Nota (0/10): 10 - Perfeito!

Tiago
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