sexta-feira, 30 de julho de 2010

Diana Franco de Sousa em Lisboa | Lydo e Opinado em Agosto!


Devem com certeza estar lembrados da entrevista que fizémos no passado dia 1 de Julho, à autora Diana Franco de Sousa. Pois bem, ela vai apresentar o seu livro «Início» da Saga de Alamar amanhã, na única apresentação planeada para Lisboa. Uma boa oportunidade de adquirir o livro e terem um autógrafo - vai ser no Campo Grande, pelas 16 horas. Carreguem aqui para verem mais informações.

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Com Agosto mesmo à porta, chegou a altura de o blog fazer aqui o seu programa para o próximo mês! Aviso desde já que vou estar ausente uma boa parte - depois digo-vos onde vou - e por isso até ao último terço do mês não vou estar presente no blog, ou muito raramente. Por isso, deixo o blog nas mãos da Sara e da Patrícia, que saberão dar um bom rumo ao mesmo.

Vão-me perdoar os leitores do blog, porque o programa para o mês de Agosto é pequenino e, confesso, pouco entusiasmante! Mas peço a vossa compreensão - as férias levam-nos para longe do computador, e distraem qualquer pessoa. Daí que também nós andemos a descansar, e consequentemente um pouco mais afastados. O blog não vai entrar de férias, mas durante este mês vai estar com um ritmo mais baixo... para voltarmos em força para Setembro, pode ser? É que para Setembro e Outubro, já temos entrevistados confirmados... uma autora, e uma tradutora. Mas para Agosto... para Agosto não tínhamos ninguém!

Então, só para dizermos que não vão ficar sem entrevista (vão achar graça...):

Dia 1 de Agosto - Entrevista exclusiva ao leitor Tiago, do blog Lydo e Opinado!

Dia 2 de Agosto - Entrevista exclusiva à leitora Sara, do blog Lydo e Opinado!

Dia 3 de Agosto - Entrevista exclusiva à leitora Patrícia, do blog Lydo e Opinado! (Ainda não Confirmada)

Acredito que sirva de pouco consolo... :D mas é uma oportunidade de conhecerem um bocadinho melhor cada um dos autores deste blog! Quanto às crónicas, vamos escrever as que ficaram por escrever nestes dois meses! «O Preço dos Livros» e «Livros Originais?». Estamos ainda a pensar começar com uma nova rubrica de blogs literários, mas não sabemos se começamos este mês ou só para Setembro.

Boas férias e boas leituras a todos!

Tiago

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Parabéns, Lydo!


Foi há dois anos que criei com a Patrícia este espaço dedicado aos livros, onde o nosso objectivo era colocarmos as críticas aos livros que íamos lendo, opinando-os e aprovando-os (ou não!). Mas ao longo deste nosso projecto o Lydo e Opinado tornou-se muito mais do que isso. Vamos falar de números, neste espaço dedicado a letras? Vamos. São sempre uma curiosidade que tenho prazer em ver!

Neste ano que passou tivémos mais de 27.000 visitas, a contrastar com as 4.000 que foram o total do primeiro ano... um aumento de quase 7 vezes! Em termos de páginas visualizadas, o número sobe a quase 40.000! Novamente, para se ter o ponto de comparação, no primeiro ano tivémos 6.000... este aumento no número de visitas não passa do resultado, muito bem-vindo, do esforço que empregámos em fazer dos posts mais diários, e, acima de tudo, da grande medida que tomámos: as entrevistas exclusivas.

Há um ano atrás orgulhavamo-nos da entrevista feita a Juliet Marillier. Um ano passado, acrescentamos à nossa já considerável lista de autores entrevistados José Rodrigues dos Santos, Frederico Duarte, Inês Botelho, Pedro Sena-Lino, Isabel Ricardo Amaral, e Diana Franco de Sousa. Não menos importantes, ainda, as entrevistas ao tradutor de George R. R. Martin, Jorge Candeias; e à recentemente criada e já tão apreciada pela crítica editora Ahab Edições!

São também as críticas o grande mote, provavelmente são o vento que fazem mover as hélices do moinho! Esforçamo-nos por uma crítica verdadeira e sincera, que não sejam tendenciosas para qualquer lado, e queremos sempre a maior das seriedades quando toca a aconselhar ou desaconselhar uma leitura... ao sermos três, eu, a Sara, e a Patrícia, asseguramos a diversidade de tipos de livros que vamos lendo... embora haja sempre alguns pontos comuns, como é o caso da fantasia!

Faz ainda hoje um ano que entrou no blog a colaboradora Sara! Há que admitir que existem ritmos diferentes e leitura, e o tempo não é igual para todos... entre outros motivos, a Patrícia tinha uma participação menos regular no blog, e a sua presença por aqui continua a ser, como devem perceber, um pouco arritmada. Nunca esteve, porém, em causa tirá-la da equipa. Para compensar na balança, digamos assim, decidimos convidar a Sara para nos ajudar, e neste ano deu para perceber que já teve tempo para se ambientar e afirmar! Aproveito para deixar um agradecimento muito grande às duas...

Existem momentos inacreditáveis na vida de um blog que infelizmente acontecem pelos piores motivos, mas não podia ainda deixar de referir este facto: no dia em que José Saramago morreu, e pelo Lydo e Opinado ter noticiado a tragédia assim que foi dado como última hora na televisão, tivémos 94 pessoas online ao mesmo tempo no blog, com as pesquisas a virem todas parar aqui, enquanto não existia mais informação em lado nenhum. Neste caso o provérbio foi mesmo ao contrário - há bens que vêm por muito mal.

Mas hoje, hoje é para mim um dia de festa! E para este novo ano já tenho mais ideias para renovar o blog, e ânimo para continuar com ele. Um grande obrigado a todos os visitantes - este aniversário também é vosso! Parabéns Lydo e Opinado!!!

Tiago

domingo, 25 de julho de 2010

Reflexão na véspera do 2º aniversário do Lydo...

Talvez esta reflexão não tenha qualquer sentido para os leitores deste blog, mas necessito de partilhar com todos aquilo que sinto. Podemo dizer que é um desabafo que não consigo conter. Não se assustem, não vou acabar com o espaço, nem tenciono, nem faria qualquer sentido.

Este último ano crescemos exponencialmente em termos de visitas (cinco vezes mais!), comentários, mas, acima de tudo, consistência. Hoje posso dizer que sinto que o blog chegou a um nível de identidade com o qual me identifico. Temos um modelo, uma extrutura, que me satisfaz. São às dezenas os blogs que sigo. De livros. Os meus preferidos são aqueles que se assumem de uma determinada maneira, que têm a coragem de se virar numa certa dimensão e seguir em frente respeitando uma linha lógica. Há uns que se especializam em noticiar as novidades literárias que vão enchendo as nossas livrarias; outros cujas críticas já se tornaram para mim essenciais de ler; outros ainda que conseguem transmitir através do seu blog o grande amor pelos livros, cujo modo de escrever se identifica com a minha maneira de pensar.

O Lydo há um ano atrás era um blog pobrezinho. Excluindo a entrevista a Juliet Marillier, e as críticas que me davam sempre prazer a escrever, tudo o resto sentia que era... um pouco como palha, só para encher. Dia 1 de Janeiro deste ano decidi que tinha de mudar. Tinhamos de deixar de ser apenas mais um.

Não sei se resultaram as medidas que quis implantar: entrevista exclusiva a autores/editores/tradutores no primeiro dia de cada mês; um passatempo relativo à entrevista de cada mês; uma rubrica de crónicas acerca de um dado tema; a rubrica semanal "Novidade da Semana" em que nos focávamos na novidade que mais nos chamava a atenção; o esforço por manter posts diários. As visitas subiram muito... começámos a notar que, ao fim do mês, tínhamos o número de visitas equivalentes a seis meses de antes! Parecia correr bem. E ainda corre. Não sei se vou chegar ao ponto que queria falar... ao desabafo em si...

Tudo isso me encheu de orgulho. Um orgulho bom, de quem se esforçava e via o seu trabalho ser recompensado. Erámos três: eu, a Patrícia, e a Sara. Todos postando, todos vivendo o blog. Nos bastidores, isto é, fora dos blogs, combinávamos espécies de calenderizações - dia tal vai-se postar isto, dia y aquilo... ninguém posta no dia a seguir a uma entrevista para dar mais destaque à mesma... e as visitas subiam, e eu sentia-me feliz. E sinto. É só que... aqui vai:

Se calhar é de mim, mas sou uma pessoa que se anima e desanima com grande facilidade. Sou uma pessoa demasiado perfeccionista, também, ao ponto de não postar um dia e começar a pensar que, à custa disso, vou começar a perder visitantes!! E depois, desculpem tocar neste assunto, sinto que nos blogs existe aquela coisa de 'para me comentarem tenho de comentar nos outros', o que é triste. Não que tenha a ver com isso. Mas para mim um comentário, para além do seu conteúdo mais, ou menos, rico e importante, é um ânimo para se continuar.

No fundo não sei se me consegui explicar. Provavelmente não. É que às vezes... aqui vai outra tentativa... o cansaço pesa, e postar todos os dias torna-se impossível. E há alturas em que apetece ler até cair para o lado, e outras em que, sem deixar nunca de gostar de ler, me desvio um pouco para o lado da música, da escrita, e as leituras avançam mais devagar - o que vai influenciar o blog.

Nada disto teve interesse, acho eu. Mas amanhã o blog faz dois anos, e eu não consigo deixar de sentir uma grande emoção por tudo o que fiz aqui, o que já consegui.
Muito, muito obrigado a todos os que vêm.

Tiago

PS: Depois de reler, chego à conclusão que o que queria dizer era isto - quando falho nalgumas rubricas, quando começo a perceber que não consigo deixar posts diários, começo-me a desmotivar pensado que os leitores se desmotivam. Era isso. Mas está tudo na minha cabeça.......

sábado, 24 de julho de 2010

Uma prenda inesperada... com aroma a Bishop....

Foi há sensivelmente uma semana, em circunstâncias inesperadas mas muito bem-vindas... recebi o pack completo da trilogia das Jóias Negras, a mais conhecida da autora Anne Bishop! Escusado será dizer que fiquei embasbacado e muito satisfeito. Esta trilogia é daquelas que há anos que prometo a mim próprio que tenho de ler, e, aliás, tinha adquirido o primeiro volume nesta Feira do Livro... agora de repente receber o conjunto dos três! Fica o primeiro para dar a alguém...

Olho para a prateleira dos livros por ler e constato que já está completamente cheia. Isso diz-me que, provavelmente, a leitura da trilogia estará já à partida adiada para o próximo ano... mas mal posso esperar! Agora já não tenho mesmo desculpa!
Tiago

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Um pequeno jogo (2)

Caros leitores do Lydo e Opinado, mais uma vez aqui estou eu para vos desafiar a abrir a página número 100 do livro que estejam a ler e a copiar o segundo parágrafo. Não se esqueçam de identificar o livro no fim, pois pode haver alguém que fique interessado na sua leitura!


"- Tu tens relutância em falar. Como é que eu posso ser uma boa mãe para aqueles rapazes se não os conheço? - Suspirou expressivamente, com o rosto triste. - Receio que Colum tenha favorecido alguns dos seus filhos em detrimento de outros. Detecto uma atmosfera gelada no que diz respeito ao jovem Finbar. O que é que ele fez para merecer tal censura? Será apenas relutância em participar nas perseguições da guerra? Ou nunca perdoou à mãe por ter morrido, deixando-o sozinho?"


em A Filha da Floresta de Juliet Marillier


Boas leituras!


Sara

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Drácula, o Morto-Vivo - Crítica

Nome: Drácula, o Morto-Vivo
Autores: Dacre Stoker e Ian Holt
Editora: Planeta
Tradução: Ana Catarina Neto
Páginas: 437
Sinopse: "Segredos de família, Assuntos pendentes e O mal como nunca o mundo o conheceu.
Passaram vinte e cinco anos desde que o pequeno grupo de heróis se uniu para destruir Drácula, no seu castelo na Transilvânia. Entretanto, Jonathan e Mina Harker criaram o filho. Quincey, que se tornou um jovem pormissor, ainda que por vezes ingénuo, à medida que o outrora feliz casamento dos pais se ia deteriorando numa relação amarga. O doutor Seward - no passado, um médico eminente - vive agora no tormento da paranóia e da dependência de drogas. Arthur Holmwood, o intrépido guerreiro e elegante noivo de Lucy, deixou-se consumir pelo ódio e pelo remorso. Por fim, Van Helsing, o líder destemido grupo, um homem doente e envelhecido, enfrenta o seu derradeiro inimigo: a morte. Drácula, de Bram Stoker, deu-nos a conhecer esta personagens.
Drácula, o Morto-Vivo é uma continuação do romance de Bram Stoker de grande riqueza histórica e ritmo vertiginoso, que consegue ser tão assustador como o original, mostrando-se amplamente capaz de ressuscitar as suas atmosferas. A sequela percorre frios do enredo, presentes nas notas que Bram compilou durante a pesquisa e a escrita de Drácula, que não foram aproveitados na versão final, e recupera personagens que não sobreviveram aos seus esboços iniciais. Baseando-se, ainda, numa aturada investigação do príncipe Drácula histórico da Roménia, e de outras figuras de renome, Drácula, O Morto-Vivo, é um livro fascinante e cheio de suspense, que encantará tanto os admiradores da obra-prima de Stoker como os fãs mais recentes de Drácula - aqueles que se cruzarão, pela primeira vez, com o vampiro criado por Stoker."


Devido à pequena desilusão que o romance de Bram Stoker me deu, não foi com grande entusiasmo que peguei neste livro. No entanto, visto que estava em frente a uma piscina e ainda não tinha vontade de lá entrar, lá o abri e comecei a ler. Devo dizer que este livro é espectacular. Senti-me como os autores, rodeados de notas do falecido escritor, escrevendo o romance com base em certas coisas que Bram não inseriu no seu romance. Senti-me no backstage do livro, não consigo encontrar outra expressão melhor para o definir.


Para além disso, os autores criaram também certas partes da história que estão muito bem pensadas. Nesta sequela conseguimos perceber melhor o original Dracula, visto que, vim a saber que os editores deste cortaram partes da história. Daí eu sempre ter pensado que faltava qualquer coisa àquele livro. Mas os novos autores explicam que partes são essas e finalmente começa tudo a fazer sentido.


Esta sequela não foi daqueles livros que foram escritos só para entrarem na onda vampiresca que agora anda por aí. Esta sequela serviu para enriquecer a obra de Bram Stoker e voltar a dar-lhe vida. E, apesar de ter um final vago, o conteúdo é que realmente me espanta. Finalmente posso dizer que li um livro de terror, pois as mortes contidas neste livro são horripilantes - para além de que os autores não nos poupam a pormenores. E o Conde Drácula acaba por nos revelar uma surpresa! Achei o livro genial.


No fim do livro podem encontrar notas dos autores e da professora Elizabeth Miller, uma viciada em Drácula, por assim dizer. Para além disso, também podem encontrar um pequeno questionário que nos deixa muito mais esclarecidos acerca da história do Conde e do seu autor.


Personagens favoritas: Mina Harker, Drácula.


Nota: 9/10 - Excelente


Sara

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Adquirições de Aniversário!


No passado dia 25 de Junho fiz anos e recebi quatro livros. Só pude postar agora, pois ainda não tinha recebido o quarto e último, que me foi dado durante esta última semana que passei em Parâmio, no Parque Natural de Montesinho, perto de Bragança - daí a minha tamanha ausência, peço imensa desculpa.


Três deles já eu estava à espera, mas o Tiago, para variar, surpreendeu-me com o calhamaço que me deu. Segundo ele, eu adoro livros grandes - e tem razão. Como podem ver na imagem de cima, recebi o Traída e o Escolhida da mãe e filha, P. C. Cast e Kristen Cast, continuação do Marcada, cuja crítica podem encontrar no Lydo. Também recebi Os Miseráveis de Victor Hugo, que o Tiago está a ler neste momento, e O Braço Esquerdo de Deus, o início de uma trilogia de Paul Hoffman.

Ainda tenho muitos à frente destes livros, na estante, à espera de serem lidos. E algo me diz que este Verão vai ser maravilhoso!

Boas leituras!

Sara

quarta-feira, 14 de julho de 2010

A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol - Crítica

Nome: A Sul da Fronteira, A Oeste do Sol
Autor: Haruki Murakami
Editora: Casa das Letras
Tradução: Maria João Lourenço
Páginas: 241
Sinopse: “Na primeira semana do primeiro mês do primeiro ano da segunda metade do século XX, ao protagonista, que também faz as vezes de narrador, é dado o nome de Hajime, que significa «Início». Filho único de uma família normal japonesa, Hajime vive numa província um pouco sonolenta, como normalmente todas as províncias o são. Nos seus tempos de rapazinho faz amizade com Shimamoto, também ela filha única e rapariga brilhante na escola, com quem reparte interesses pela leitura e pela música. Juntos, têm por hábito escutar a colecção de discos do pai dela, sobretudo «South of the Border, West of the Sun», tema de Nat King Cole que dá título ao romance.
Mas o destino faz com que os dois companheiros de escola sejam obrigados a separar-se. Os anos passam, Hajime segue a sua vida. A lembrança de Shimamoto, porém, permanece viva, tanto como aquilo que poderia ter sido como aquilo que não foi. De um dia para o outro, vinte anos mais tarde, Shimamoto reaparece certa noite na vida de Hajime. Para além de ser uma mulher de grande beleza e rara intensidade, a sua simples presença encontra-se envolta em mistério. Da noite para o dia, Hajime vê-se catapultado para o passado, colocando tudo o que tem, todo o seu presente em risco.”


Mais uma vez, Haruki Murakami revelou-se um autor com um tipo de escrita fluído e fácil de compreender. Ele consegue realmente transformar cenas do quotidiano em belas peças de arte. Para além disso, apresentou-me mais uma obra cheia de sabedoria e de questões que chegaram mesmo a ficar na minha cabeça, remoendo-me por dentro. Por um lado, considero Hajime, o protagonista, um homem egoísta e estranho. É estranha a maneira como o seu cérebro funciona – a maneira como ele vê e interpreta as coisas. Para além da sua perspectiva de ver as coisas, acaba por levar uma vida completamente normal e feliz, mas que ele próprio tem tendência a complicar. E a verdade é que muitas pessoas neste Mundo o fazem, apesar de isso me fazer um bocadinho de confusão. Parece que nunca estão satisfeitas com o que a vida lhes dá. Haverá alguém que lhes chamará de sonhadoras, outros de gananciosas. Eu, particularmente, acho essas pessoas complicadas. No entanto, Hajime demonstra ser uma pessoa complicada e simples ao mesmo tempo, o que acaba por ser uma mistura agradável e doce. Assim de repente, faz-me lembrar uma mousse de chocolate daquelas muito cremosas.
Mas isto tudo para dizer que as acções de Hajime fizeram-me pensar bastante. Por vezes até tentei colocar-me na sua pele para as perceber.

Não achei a história do livro algo espectacular. Apesar da escrita ser bastante envolvente e bonita, gosto de coisas mais emocionantes. Para além de que li grande parte do livro sempre pensando que a história de Shimamoto ia ser finalmente revelada e Murakami me iria surpreender – coisa que não aconteceu. O livro tem um final aberto e que deixa muito que pensar. Por um lado, é uma coisa boa. Por outro, estava à espera de mais.

Mas foi uma leitura leve e agradável, algo que não me arrependi de ler.


Personagens preferidas: Shimamoto, Yukiko.

Nota: 7/10 - Bom

Sara

sábado, 10 de julho de 2010

Praia!


É onde vou passar os meus próximos dias... e não vou dispensar a companhia d' Os Miseráveis, claro está! Até já...

Tiago

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Resultados do passatempo «Início»!


Desta vez tivémos 115 participantes, o que faz deste passatempo, em colaboração com a Temas Originais, o segundo mais participado do Lydo e Opinado! Infelizmente só existia um exemplar para passatempo; e como toda a gente acertou as três perguntas, existia uma probabilidade de 1 para 115 de se ser o vencedor... a sorte acabou por calhar à participação número 90 (número obtido aleatoriamente através do site random.org), que correspondia a...

Diana Ferreira, de Cascais!

Parabéns, Diana! Espero que gostes de ler este livro. Quanto a todos os outros participantes, muito obrigado por terem tentado; e não desistam de participar nos nossos passatempos. Algum dia a sorte há-de bater-vos à porta... pela primeira, ou segunda vez! Sim, que eu tenho reparado que alguns vencedores de passatempos anteriores continuar a tentar, e fazem eles muito bem ;)

Quanto ao livro, se estão interessados, podem ainda adquiri-lo através do site da editora, ou da WOOK, ou então dirigindo-se a algumas livrarias específicas no país, indicadas no site da editora.

Tiago

terça-feira, 6 de julho de 2010

Livros Preferidos!


Hoje venho perguntar aqui aos leitores do blog quais são os vossos livros preferidos de toda a vida... aqueles que vos marcaram, que se lembram ainda hoje passados x anos, que já releram y vezes, ou que simplesmente ocupam um lugar muito especial na vossa estante. Tentem ser minimamente selectivos, não coloquem listas gigantes!! (Eu sei que é difícil...)

Tiago

domingo, 4 de julho de 2010

Passatempo «Início»!


Aqui está, pois, o passatempo deste mês do Lydo e Opinado, no qual podem ganhar um exemplar do livro «Início», da nova escritora Diana Franco de Sousa. O passatempo é possível graças à colaboração da editora Temas Originais, e desde já lhes agradecemos! Participem, pois, respondendo às perguntas abaixo, cujas respostas podem encontrar espalhadas por um post específico do blog - para o verem carreguem aqui. O passatempo durará até às 23:59 de terça-feira, e os resultados serão publicados quarta-feira de manhã. Só é permitida uma participação por morada! O vencedor será sorteado entre todos aqueles que acertarem as três respostas.

Boa sorte, e não hesitem em participar!

sábado, 3 de julho de 2010

Crítica - A Filha do Capitão

O PASSATEMPO «INÍCIO» FICA ADIADO PARA COMEÇAR AMANHÃ, DOMINGO!

Nome: A Filha do Capitão
Autor: José Rodrigues dos Santos
Editora: Gradiva
Páginas: 629
Sinopse: "O capitão Afonso Brandão mudou a vida, quase sem saber, numa fria noite de boleto, ao prender o olhar numa bela francesa de olhos verdes e voz de mel. O oficial comandava uma companhia da Brigada do Minho e estava havia apenas dois meses nas trincheiras da Flandres quando, durante o período de descanso, decidiu pernoitar num castelo perto de Armentières. Conheceu aí uma deslumbrante baronesa e entre eles nasceu uma atracção irresistível.
Mas o seu amor iria enfrentar um duro teste. O Alto Comando Alemão, reunido em segredo em Mons, decidiu que chegara a hora de lançar a grande ofensiva para derrotar os aliados e ganhar a guerra e escolheu o vale de Lys como palco do ataque final. À sua espera, ignorando o terrível cataclismo prestes a desabar sobre si, encontrava-se o Corpo Expedicionário Português.
Passado durante a odisseia trágica da participação portuguesa na primeira guerra mundial, o romance A Filha do Capitão narra-nos a inesquecível aventura de um punhado de soldados nas trincheiras da Flandres e conta-nos a paixão impossível entre um oficial português e uma bela francesa. Mais do que uma simples história de amor, esta é uma comovente narrativa sobre a amizade, mas também sobre a vida e a morte, sobre Deus e a condição humana, sobre a arte e a ciência, sobre o acaso e o destino.
Com esta obra inesquecível, o grande romance está de volta às letras portuguesas."

Este foi um daqueles livros em que eu posso afirmar com toda a certeza que aprendi imensas coisas. À medida que ia lendo, José Rodrigues dos Santos ia contando factos bastante importantes da História do Mundo, coisas que eu jamais sonhara. Para além das imensas coisas que aprendi, este livro absorveu-me por completo. As descrições feitas, as palavras usadas... Parece tudo uma melodia que ressoa na nossa cabeça, embriagando-nos e puxando-nos para aquela época.

Apesar de haver algumas partes em que o autor descrevia cada passo que os soldados davam, falando em nomes das trincheiras e coisas desse género, que foram um bocadinho secantes e difíceis de imaginar, isso não me impediu de criar laços com as personagens do livro. Cheguei mesmo a sentir-me no meio de todo aquele ambiente pesado, escondida num refúgio das trinchas e pedindo a Deus para que os ataques alemães cessassem. Cheguei mesmo a sentir um aperto no peito quando algumas personagens morreram. E, apesar do meu medo enorme da guerra, não fugi do livro como costumo fazer com filmes que retratam o mesmo tema. Apesar de toda a angústia enrolada na história, nunca o consegui fechar e meter de parte. Abriu-me os olhos para certos pormenores que eu não tinha em conta e descreveu-me situações que eu sempre abominei.

A história de amor não era nada de outro mundo, nada de novo para os meus ouvidos. No entanto, o facto de o livro não falar só da relação daquelas duas personagens ajudou bastante. Mas no fim vi-me demasiado pegada a elas, querendo sempre que ficassem juntos, esperando que tudo desse certo.

Está claro que o final me fez chorar, de alegria ou de tristeza têm de ser vocês a descobrir depois de lerem o livro, obviamente!


Personagens favoritas: Afonso Brandão, Agnés Chevallier, Matias O Grande, Vicente O Manápulas, Baltazar O Velho, Joaquim.

Nota: 9/10 - Excelente

Sara

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Entrevista Exclusiva a Diana Franco de Sousa!


Com apenas 15 anos escreveu «Início», o primeiro volume da Saga de Alamar. Hoje, aos 17, está a terminar o segundo, e vê publicado na Temas Originais a sua primeira obra. Nesta entrevista que deu em exclusivo para o Lydo e Opinado, falou do processo de escrita, das dificuldades e desafios que se lhe foram apresentando, e um pouco da sua personalidade enquanto escritora. Se és daquelas pessoas que sonhavam escrever um livro mas ainda não conseguem, aposto que a entrevista será duplamente interessante para ti! Fiquem então com as palavras de Diana Franco de Sousa:

1. Desde que idade te começaste a interessar por escrever histórias? Logo desde que aprendeste a ler e escrever?
A partir do momento em que consegui fazer frases com algum sentido que comecei a escrever. Habituei-me a andar com um caderno A5 e sempre que tinha tempo livre ia escrevendo pequenas histórias, coisas de uma página ou pouco mais. A fama de “escritora” foi pegando, e os meus colegas iam esperando histórias, o que me foi incentivando bastante para continuar a fazê-lo.

2. E antes deste «Início» da Saga de Alamar, tentaste escrever outras histórias que nunca chegaste a terminar/publicar?
Escrevi várias do mais variado tipo e feitio. O problema da maioria é mesmo nunca as chegar a acabar. Falta de interesse, motivação, porque a história já não me agrada ou porque entretanto surgiram outras que prefiro. São poucas as que chegam a ter o final merecido. As que acabei nunca sequer pensei em tentar publicar. Pelo menos até agora.

3. Escreveste o «Início» durante o evento da internet NanoWrimo (convida as pessoas a escreverem um romance de 50.000 palavras durante o mês de Novembro). Como é que soubeste da existência do Nano?
Soube-o através de uma amiga minha, que por sua vez sobre do NaNoWriMo num fórum que na altura frequentava. Participei pela primeira vez em 2007, mas não saiu mas que um par de páginas nesse ano. No ano seguinte já consegui escrever o que iria ser o “Início” e um ano mais tarde o segundo volume da saga.

4. Como foi a experiência de, durante esse mês, te concentrares na história? Deu-te muitas dores de cabeças, por causa da escola, e assim…? Ias editando para trás á medida que escrevias?
Uma coisa que aprendi rapidamente (pelo menos com a minha velocidade de escrita) foi: não rever. Não pensar nas palavras, por muito que te soem mal. Vais ter tempo mais que suficiente para o fazer depois de Novembro acabar. No princípio ainda me custou um bocado a habituar-me a pensar assim, mas acabou por pegar. Bastava ver que os resultados eram bastante melhores se apenas escrevesse.
As dores de cabeça só apareciam naqueles dias em que começava a ver o limite que teria de escrever a escapar-me. Na maioria das vezes ia aproveitando as aulas para escrever, sempre que via algum tempo livre. Mas havia dias que não chegava, e a última semana costuma ser uma corrida contra o tempo.
Mas é isso que torna o Nanowrimo uma experiência (a meu ver) boa. É essa corrida contra o tempo que nos faz querer escrever, querer acabar a tempo. O limite de tempo, e o facto de haver outras pessoas à espera que o consigas cumprir foi o que me motivou a andar para a frente. Aprendi que se eu quiser mesmo fazer algo em certo tempo limitado (desde que nada impossível, claro) e se me dedicar, que o consigo fazer.

5. A ideia inicial que tinhas do livro evoluiu de maneira diferente do que estarias à espera num primeiro momento?
Sim e não. Quando comecei a escrever era para ser só um livro. Mas à medida que o tempo foi passando apercebi-me que não ia ser possível. No entanto a história base manteve-se a mesma. Claro que tive de criar enredos secundários, outras personagens para enriquecer a história. Mas a base, o guião principal manteve-se mais ou menos o mesmo.

6. Alguma vez pensaste, durante esse mês, que o resultado da tua escrita viria a ser publicado ano e meio mais tarde?
Acho que toda a gente que gosta de escrever, numa altura ou noutra, pensa em como seria se conseguissem publicar um livro. Mesmo que o queira ou não publicar, é uma hipótese sempre presente.
Quando estava a escrever o “Início” pensei nisso, assim como essa possibilidade hipotética. Mas não ia passar disso. No entanto os pais sugeriram que mandasse para algumas editoras. Afinal, o que é que eu tinha a perder?

7. Achas que esta iniciativa do NanoWrimo é realmente uma oportunidade para as pessoas que querem escrever livros mas não os conseguem terminar? Porque achas que resulta – onde está o “segredo”?
Acho que o segredo está no facto de haver um limite, um objectivo. Muita gente (como eu) precisa é de um empurrão, de motivação para continuar a escrever. Claro que o Nanowrimo não funciona para todos. Mas é sim uma boa oportunidade para se conseguir desenvolver bases para o que mais tarde poderão ser livros. Ou então simplesmente projectos pessoais.
Também me ajudou o facto de ter amigos a participar, e esperarem de mim aquilo que eu esperava deles: acabar a história a tempo.

8. É na fantasia que te sentes mais à vontade a escrever, ou também te dás bem em outros géneros?
Fantasia foi o primeiro estilo que comecei a explorar, porque a maior parte dos livros que lia eram desse mesmo género. Mas agora costumo tentar escrever de tudo um pouco, explorar as várias hipóteses literárias. Não quer dizer que seja boa a escrever tudo, mas acho que me consigo desenrascar.

9. A seguir a escreveres, veio a parte de reveres… o processo de revisão inicial foi divertido? Mudaste muita coisa? Há quem considere essa fase chata, concordas com isso?
Há momentos chatos e momentos bons. Quando se escreve uma história inteira em apenas um mês, com certeza que vai precisar de muita revisão.
Eu para conseguir continuar a escrever tenho de ter uma ideia bem estruturada na cabeça. O enredo tem de ter lógica, tem de ter as suas justificações. Se introduzir uma nova ideia tenho de arranjar justificação imediata, senão não consigo fazê-la funcionar. Felizmente não tive de mudar muita coisa a nível disso. Acrescentei bastantes cenas, para dar consistência à história e às personagens.
O mais interessante foi ver que à medida que o tempo ia avançando a minha escrita ia melhorando. Pensei que fosse acontecer o contrário: o tempo começava a apertar, a data final a chegar, e portanto eu começava a apressar-me e a escrever ainda com menos preocupação. Mas pelos vistos habituei-me a essa tal pressão, e, no rascunho inicial, gostava mais da minha escrita na parte final que na inicial.

10. E encontrar editora? Foi difícil?
Posso estar a bater no ceguinho ao dizer que estamos em crise, mas é verdade. É por todo o lado, incluindo nas editoras. Portanto sim, foi um bocado difícil.
Antes de começar a mandar para editoras falei com uma escritora já publicada, com vários livros numa editora grande. Disse-me aquilo que eu mais tarde constatei: a maioria das editoras não vai dar nenhuma resposta. A outra parte vai dizer que tem o calendário cheio (e passar um ano sem publicar um livro). Há as outras que de todos os manuscritos que recebem escolhem para ler aquele que tem melhor aspecto (no caso de se mandar o manuscrito pelo correio).
Mas acho que o essencial é nunca desistir. Não ficar desanimado por um “não” e continuar a tentar, a enviar sinopses para várias editoras. Já tinham passado várias semanas depois de ter enviado os imensos mails que fiz quando recebi a resposta desta minha editora. É uma questão de esperar e continuar a tentar.

11. O sim da editora. Publicar um livro. Como foi o momento em que tomaste conhecimento da notícia?
Nessa altura, sempre que via um mail de resposta de alguma editora deixava-o sempre para o fim, como que para aumentar o suspense. Se fosse um não, pronto, acontece, venha a próxima. Eu aliás não esperava que alguma delas me fosse dar uma resposta positiva.
Portanto quando vi o “A sua obra parece-nos interessante” festejei como se já fosse um sim oficial, já tivesse contrato assinado e livro nas prateleiras. Foi um momento bastante bom, porque a partir da altura em que enviei a sinopse às várias editoras, acalentava a esperança de haver um sim, por muito difícil que me parecesse. E finalmente tinha chegado!

12. Voltando um pouco á questão da fantasia, género o qual gostas bastante: houve algum livro que tenhas lido que te abriu os olhos, digamos assim, para o universo do fantástico?
Houve um sim: o Hobbit, de J.R.R. Tolkien. Li-o pela primeira vez aos 8 anos, incitada pelo meu pai. Foi aí que tudo começou. Estava habituada a livros mais simples, de longe tão absorventes. Apaixonei-me pela escrita do Tolkien e li a Trilogia do Senhor dos Anéis assim que acabei o Hobbit. A partir daí comecei a explorar o mais variado leque de escritores de fantasia até ter chegado aos dias de hoje, com um currículo demasiado pesado de livros do fantástico (não me estou a queixar, muito pelo contrário!).

13. Já que falamos agora de leituras, tens livros e autores favoritos?
Houve muitos escritores que me influenciaram, muitos livros dos quais gosto. Às vezes não é o autor em si, mas apenas um livro em particular dos seus trabalhos.
Mas há sem dúvida alguns que são a minha resposta imediata: J. R. R. Tolkien, Marion Zimmer Bradley, Julliet Marillier (mais especificamente Sevenwaters), C. S. Lewis, Phillip Pulman… Joanne Rowling, mais recentemente George Martin… Como vêm são principalmente escritores de fantasia e alguns de ficção científica, como Douglas Adams.

14. Se visses o teu livro numa loja, e não tivesses sido tu a escrevê-lo, o que te levaria a comprá-lo?
O que me chamaria primeiro à atenção seria a capa. Claro que existe o tão famoso provérbio “não julgues um livro pela capa” mas ninguém pode evitar fazê-lo. Comecei a ler muitos livros porque primeiro a ilustração principal me chamou à atenção. Se depois visse que eram bons, começava a lê-los. Mas no caso do meu seria sem dúvida a capa, e a sinopse. Afinal, se eu não achasse a história interessante não a tinha escrito, não acham?

15. Incluis algumas das tuas experiências pessoais no livro, mesmo que metaforizadas? E achas que as pessoas podem identificar-se com a tua escrita de alguma maneira?
Nenhum autor consegue escapar ao facto de parte de si passar para os livros. Pode disfarçá-lo, passar despercebido, mas está sempre lá. Portanto sim, suponho que episódios que aconteçam no livro estejam lá porque talvez tenha vivido algo parecido. Mas muitos são também fruto da imaginação, a tão boa amiga dos escritores.
Podem-se identificar, sim. Não é uma escrita complicada, mas acho que por ser simples e fluida fica interessante. Não me quero gabar (ah, como esta expressão é irónica), mas já tive bastantes opiniões sobre o livro, e concordaram que é um tipo de escrita que chama a atenção e deixa o leitor envolvido na história. Não estou a dizer que seja um livro perfeito, com uma linguagem exímia, mas é razoavelmente interessante.

16. Achas que as imagens que usas no teu livro, sendo de fantasia, e proporcionado esse género cenas fortes e visualmente interessantes, tornam «Início» como potencial obra cinematográfica, no futuro? (Se bem que isso pouco dependa de um autor!).
Se eu vivesse noutro país, mais habituado a lidar com fantasia, talvez essa oportunidade surgisse. Aqui em Portugal não me parece que essa ideia possa sequer começar a crescer. Seria engraçado, sem dúvida, e acho que não haveria problema em adaptar o livro para filme. Mas não me parece que venha a acontecer.

17. Tens recebido boas críticas, tanto de amigos, como de pessoas que antes não conhecias? Isso é importante para qualquer novo escritor? Quero dizer… o que sentes quando falam e opinam o teu livro à tua frente?
De amigos tenho recebido sim, e dizem estar a gostar bastante. Agora não sei se será verdade, mas confio neles para serem totalmente honestos. Ainda não recebi nenhuma crítica de pessoas que não conhecia… mas são mais que bem-vindas!
Críticas são sempre boas, para um novo escritor ou para um com mais experiência. Ninguém é perfeito, e há sempre coisas a mudar, perspectivas a ter em conta. Portanto qualquer opinião é um ponto de partida para se melhorar o nosso tipo de escrita. Temos é de saber lidar com críticas que possam ser más, desde que tenham algum nexo por detrás delas.
É estranho falarem do meu livro, das minhas personagens e do universo que criei. Mas ao mesmo tempo sabe bem ver que algo a que dei vida está agora a aprender a andar e a fazer novos amigos.

18. Não podia terminar a entrevista sem falar de um outro aspecto, quase inevitável. Já há quatro ou mais anos que participas em comunidades de internet, onde jogavam RPG’s escritos (para os leitores do blog que não saibam, são histórias em que cada um cria uma personagem e age por ela). Sentes que desenvolveste a tua capacidade de escrita ao longo do tempo nos RPG’s, nomeadamente no que diz respeito às personagens?
Visto que eu comecei a escrever em RPGs por volta dos meus 12 anos, se não tivesse evoluído era estranho. Mas sim, foi uma fonte muito importante para evoluir a minha capacidade de escrita. Tanto por ver exemplos de outras pessoas, como por receber críticas sobre o meu estilo de escrita.
O roleplay é uma oportunidade bastante boa para desenvolver as personagens. Como o enredo não depende só de nós, temos hipótese de nos focar mais nas personagens, de lhes dar pés e cabeça e uma história credível. A interacção entre participantes é também um factor muito importante, pois vemo-nos frente a situações que se fossemos apenas nós a escrever, poderíamos nunca ter pensado nelas.

19. Também noutros fóruns mais direccionados directamente para produções escritas: poemas, histórias, contos… como o Reino da Escrita, o Colinas de Palavras. O que aprendias com os outros membros, toda aquela partilha de opiniões, influenciou?
Sem dúvida que sim. Primeiro recebia criticas construtivas acerca do meu trabalho. Depois via outras opiniões sobre outros escritores, participava em projectos conjuntos que ajudam qualquer um a evoluir. Não posso deixar de salientar que é em comunidades como esta que se pode desenvolver bastante a escrita, porque as críticas são sempre um ponto essencial.

20. Encontras-te presentemente a terminar o segundo livro da saga… olhas para o que escreves hoje, e sentes que, inevitavelmente, a escrita vai evoluindo sempre a cada dia que passa? O que podemos esperar para o futuro?
Sim, a escrita evolui sempre. Podemos estar cientes disso ou não, mas qualquer influencia exterior nos vai levar a escrever de uma maneira diferente, por mais pequena que seja. Uma troca de palavras, uma frase diferente. Pelos menos é isso que acho.
Acho que nunca vou deixar de escrever, mesmo que depois da Saga não consiga publicar mais livros. Se calhar ainda vai haver um terceiro livro, mas ainda estou ponderar na hipótese. Mas o futuro é algo muito incerto, e apenas com o tempo poderemos ver aonde as nossas decisões nos irão levar.

Muito obrigado à Diana pela disponibilidade que teve em responder à entrevista; e desejamos-lhe o maior dos sucessos no seu futuro como escritora! Se gostaram da entrevista, não percam, a partir de dia 3 aqui no Lydo e Opinado, o passatempo «Início», onde podem ganhar um exemplar do primeiro livro da autora!

A Equipa do Lydo
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