sexta-feira, 27 de agosto de 2010

O Pequeno Cavalo Branco - Crítica

Nome: O Pequeno Cavalo Branco
Autora: Elizabeth Goudge
Editora: Editorial Presença
Tradução: Maria Georgina Segurado
Páginas: 219
Sinopse: "Depois de ficar órfã, Maria Merryweather parte com a sua ama, Miss Heliotrope, para a Casa Senhorial de Moonacre, no Sudoeste de Inglaterra, pertencente ao seu primo, Sir Benjamin Merryweather. Assim que chega, sente, de imediato, uma enorme empatia com aquele lugar magnífico e também com os seus habitantes. No entanto, por de trás de toda a beleza e conforto, esconde-se uma grande tragédia. O Vale Moonacre está assombrado pela memória da Princesa da Lua e por um misterioso cavalo branco... Quem será a Princesa da Lua? E quem será esse misterioso cavalo branco? Irá Maria devolver ao Vale Moonacre a paz e a felicidade há tanto tempo perdidos?
Uma história encantadora, cheia de mistérios e aventuras, lendas e magia, humor e fantasia, galardoada com a Carnegie Medal pela Library Association em 1946. Elizabeth Goudge foi uma escritora bastante popular de romances para adultos e de livros fantásticos para crianças, que a colecção «Estrela do Mar» agora recupera através deste livro maravilhoso que é O Pequeno Cavalo Branco."


Tal como já se aperceberam, este é mais um livro para crianças - daqueles que me deram por volta de 2005 e que eu nunca cheguei a ler, por falta de motivação. Agora pego nestas pequenas obras e questiono-me como é que fui tão negligente.


Como quase todos os livros para crianças, este também tem um final feliz. Apesar de saber que os finais felizes não duram para sempre - o que não acontece no livro - não me poderei esquecer que a maior parte das crianças espera que assim seja. Então, apesar da falta de realismo nesta história, tentei encará-la como se fosse realmente uma criança.


A história é daquelas que, mesmo que ainda não tenhamos lido as próximas páginas, já sabemos o que vai acontecer. É bastante previsível, ou seja, não me surpreendeu em parte alguma. No entanto, a escrita de Elizabeth Goudge compensou bastante esse facto porque, apesar de ser um livro para crianças e ter todos os seus componentes, a sua escrita fluída e bela é um pouco mais complicada do que parece. Penso que muitas crianças teriam que ler este livro com um dicionário ao lado, visto que, até eu, tive dificuldade em percebes algumas palavras «caras».


Outra característica deste livro é que é totalmente cristão. Existe uma igreja, um Padre, missas, sermões, oferendas... Tudo o que se faz no mundo de hoje, como um cristão. E o que é que acontece àquelas pessoas que não fazem parte dessa religião ou, mesmo, não acreditam? Bem, penso que teriam de saltar certas partes do livro ou então lê-las sem lhes dar muita importância. Pelo menos, esta é a minha opinião.


Apesar de tudo, foi um livro bastante agradável de se ler. No início parecia um pouco... aborrecido. Daí ter demorado mais tempo a lê-lo. Mas a certa altura começou a tomar um ritmo muito mais entusiasmante.


Personagens preferidas: Robin, Loveday Minette, Velho Pároco, Digweed, Wrolf.


Nota: 6/10 - Agradável


Sara

terça-feira, 24 de agosto de 2010

Sonho Febril de George R. R. Martin

Sonho Febril é um romance de vampiros escrito por George R. R. Martin, publicado pela primeira vez nos Estados Unidos em 1982, tendo sido nomeado com alguns prémios. Um livro destes, cheio de mistério e muitas outras coisas, vai ser agora, finalmente, publicado, em português, pela Saída de Emergência no dia 1 de Outubro de 2010.


Para aqueles que já leram parte das Crónicas de Gelo e Fogo de George R. R. Martin, o que esperam desta obra? Eu cá sinto que vai ser algo muito interessante de se ler. Para além de ser um género diferente daquele que estou acostumada a ler de George R. R. Martin, parece ter uma história interessante. Tendo sido escrito fora da «época dos vampiros», é bem capaz de ser um romance original e diferente de todos os outros. Estão ansiosos como eu? Se sim, contem-me!


Boas leituras!


Sara

terça-feira, 17 de agosto de 2010

O Filho das Sombras - Crítica

Nome: O Filho das Sombras
Autora: Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Tradução: Irene Daun e Lorena e Nuno Daun e Lorena
Páginas: 462
Sinopse: "As florestas de Sevenwaters lançaram o seu feitiço sobre Liadan, que, tal como a mãe, Sorcha, herdou, além do dom da Visão, o talento de curar e penetrar no mundo espiritual. Os espíritos da floresta avisaram Liadan de que deve permanecer, para sempre, em Sevenwaters, se quer que as ilhas sagradas sejam reconquistadas aos Bretões, que as tomaram à força.
A Irlanda está em guerra. Atacantes assolam as suas costas - e uma nova fé ameaça a velha, dividindo o seu povo. Neste cenário perigoso um homem é temido, acima de todos os outros: o Homem Pintado granjeou uma reputação terrível como mercenário feroz e astuto e, com um espantoso bando, ataca aqui e ali com a mão precisa, espalhando o terror por todo o lado e desaparecendo como por magia.
De regresso a casa, vinda de acompanhar a irmã, Liadan é capturada pelo Homem Pintado. Este revela ser um homem nada parecido com a lenda. Liadan sente-se atraída por ele, apesar da antiga profecia de maldição, mas poderá ela viver a sua vida e desafiar os espíritos, ou uma maldição cairá sobre Sevenwaters devido ao seu amor proibido?
História e fantasia, mito e magia, lenda e amor juntam-se nesta história fascinante. Imagens vívidas do nosso passado Celta tecem uma história de grande mistério e romance. O Filho das Sombras lança Juliet Marillier como um talento novo e extraordinário, seguindo-se ao notável primeiro livro A Filha da Floresta."


O que dizer deste livro? Mais uma vez, não consegui encontrar nenhum defeito na obra de Juliet Marillier. Apesar de achar que este tem muita mais acção que o primeiro, continuo a preferir o primeiro, talvez por a personagem principal ser Sorcha e por a história de amor ser muito emocionante. Não desgosto de Liadan nem da história deste - pelo contrário. No entanto, guardo um carinho especial pelo primeiro que não sei explicar.


Estou a adorar a maneira como Juliet Marillier consegue misturar amor, mistério, acção, fantasia e História numa só saga. As personagens que ela cria são tão sólidas que os laços que nos ligam a elas também ficam fortes. E depois, quando acabamos o livro, ficamos um pouco triste por termos deixado tanto para trás. Tanta gente.


No entanto, houve algo que não consegui perceber bem neste livro. O título referia-se a quem? A Ciáran ou ao Homem Pintado? Penso que tal pergunta terá de ficar sem resposta, ou talvez no terceiro livro consiga perceber melhor. Mas, para mim, tanto um como outro podiam ficar com este título. Um, que seguia o caminho da luz, descobre que é filho da escuridão. O outro, que sempre foi amado, acaba por ser destruído pelas sombras. Qual deles será?


E também fiquei muito curiosa acerca do facto de a profecia não se ter cumprido. Era de esperar que Liadan cumprisse o que as Criaturas Encantadas lhe pediam mas, pela primeira vez, vi alguém negá-lo. Ela acaba por escolher o seu próprio caminho. Por um lado, só demonstra o quão fortes nós somos ao traçar um destino. Por outro, será que foi a escolha certa? Agora só lendo o terceiro, para o qual estou ansiosa!


Personagens favoritas: Sorcha, Iubdan/Red/Hugh, Homem Pintado/Bran/John, Finbar, Sean, Liadan, Aisling, Conor, Ciáran, Dog, Gull, Rat.


Nota: 10/10 - Perfeito


Sara

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

O Pássaro de Fogo - Crítica

Nome: O Pássaro de Fogo
Autora: Nicky Singer
Editora: Editorial Presença
Tradução: Maria José de La Fuente
Páginas: 177
Sinopse: "Nicky Singer era já uma conhecida escritora de romances para adultos quando, certa vez, o seu filho de onze anos lhe perguntou: «Por que não escreves alguma coisa para a minha idade?» E foi assim que surgiu O Pássaro de Fogo, esta obra fascinante que tem descrito uma trajectória de sucesso na Europa e Estados Unidos. O protagonista é Robert Nobel, um rapazinho de doze anos, de óculos e muito desajeitado, o alvo preferido da chacota dos colegas. A sua vida é um pequeno inferno - em casa sente-se triste com a ausência do pai; na escola é constantemente ridicularizado por Niker, o mais temível dos seus companheiros de turma. Numa tentativa para se proteger do mundo real, Robert refugia-se cada vez mais no seu universo interior. Mas um dia a vida coloca-lhe um desafio. Através de um projecto da escola, Robert conhece Edith Sorrel, uma senhora de idade com uma história enigmática. A amizade que nasce entre eles, baseada na partilha das suas histórias, segredos e sabedorias tão diversas é de uma beleza extraordinária e será, como todas as amizades autênticas, extremamente enriquecedora para ambos. Ao desvendar o mistério que envolve o passado de Edith, Robert devolve-lhe o canto, a magia e a vida; ao acreditar em Robert e em todo o seu potencial, Edith revela-lhe o seu imenso poder para vencer os medos, deixar cair a imagem fraca que construiu de si próprio e alterar definitivamente o curso da sua vida. O Pássaro de Fogo abre-nos as asas do sonho, é uma daquelas leituras que, com extrema inteligência e sensibilidade, nos faz acreditar no lado bom das coisas, dos outros e de nós próprios."


Este livro começa com a descrição de uma criança totalmente normal, igual a tantas outras que estão espalhadas pelo mundo. Pois, parece que não, mas muitas vivem os mesmos problemas que Robert, infelizmente. No entanto, é este o percurso que Robert conseguiu percorrer e aprender alguma coisa com ele. Apenas precisou de um pequeno empurrão e lá foi ele. Apesar de tudo, poucas crianças talvez sejam capazes de agarrar oportunidades como estas para se conhecerem melhor a si próprios e ao resto do mundo. Por isso, considerei Robert um menino forte, um exemplo para todos aqueles que vivem dos mesmos males.


A história é, de facto, misteriosa. Grande parte do livro passa-se com Robert a contar certas recordações, que se embrenham na sua história actual, coisa que gostei. A autora conseguiu fazer com que o passado e o presente se encontrassem de uma forma harmoniosa. Esta história encontra-se também um pouco envolta em magia; coisas que, talvez, não fossem possíveis. Mas, tal como Mrs. Sorrel diz «És um rapaz capaz de voar, um rapaz capaz de fazer tudo.» É assim que Robert se vai sentir, mal começa a desvendar o passado da sua idosa.


Tem um fim bastante bonito, apesar do fim da vida. Mas esta é mesmo assim: nascemos, vivemos e morremos. E essa também é uma das lições que este livro tenta ensinar: que tudo morre e que a culpa não é de ninguém. Fácil de ler e pequeno, este livro transborda muitas emoções nestas pequenas 177 páginas.


Personagens preferidas: Robert Nobel, Kate, Edith Sorrel, Ernest Sorrel, Catherine.


Nota: 6/10 - Agradável


Sara

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

A Filha da Floresta - Crítica

Nome: A Filha da Floresta
Autora: Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Tradução: Irene Daun e Lorena e Nuno Daun e Lorena
Páginas: 446
Sinopse: "Passada no crepúsculo celta da velha Irlanda. Quanto o mito era Lei e a magia uma força da natureza, esta é a história de Sorcha, a sétima filha de um sétimo filho, e dos seus seis amados irmãos.
O domínio Sevenwaters é um lugar remoto, estranho, guardado e preservado por homens silenciosos e Criaturas Encantadas que deslizam pelos bosques vestidos de cinzento e mantêm as armas afiadas. Os invasores de fora da floresta, os salteadores do outro lado do mar, os Bretões e os Viquingues, estão todos decididos a destruir o idílico paraíso. Mas o mais urgente para os guardiães é aniquilar o traidor que se introduziu dentro do domínio: Lady Oonagh, uma feiticeira, bela como o dia, mas com um coração negro como a noite. Oonagh conquista Lorde Colum com os seus sedutores estratagemas; mas não consegue encantar a prudente Sorcha. Frustrada por não conseguir destruir a família, Oonagh aprisiona os irmãos num feitiço que só Sorcha pode quebrar. Se falhar, continuarão encantados e morrerão!
Então os salteadores chegam e Sorcha é capturada, quando está apenas a meio da sua tarefa... Em breve vai ver-se dividida entre o seu dever, que lhe impõe que quebre o encantamento, e um amor cada vez maior, proibido, pelo senhor da guerra que a capturou."


Começo esta crítica dizendo que me foi quase impossível esperar seis meses para começar a ler esta trilogia. No entanto, tentei sempre que os livros que tinham vindo primeiro fossem os primeiros a serem lidos. Mas a minha curiosidade e ansiedade ia crescendo, o que fez com que, quando peguei neste primeiro volume, quase que pulasse pela casa.


Achei o livro fantástico. Mas mesmo fantástico! Achei-o como um conto de fadas, daqueles que nos são contados quando somos crianças, mas que tem muito mais que se lhe diga. Envolve sentimentos e situações sérias, que metem o leitor e Sorcha à prova - a personagem principal do livro.


Criei laços enormes com todas as personagens deste livro, que se pode dizer que não são poucas. E, devido a esses laços, certas partes fizeram-me chorar e outras agarraram-me de tal maneira que eu não queria fechar o livro e adormecer, esperando pelo próximo dia para o continuar a ler. Quase que o quis fazer numa só noite, mas o meu corpo e a minha mente não deixaram.


Escusado será dizer que passei o livro todo à espera que Sorcha finalmente se desse conta do seu amor pelo bretão. Quando isso aconteceu, mais uma vez, quase que pulei pela casa. Só não o fiz porque já era muito tarde e estavam todos a dormir.


Não consegui arranjar qualquer tipo de defeito para este livro. Não vi algo diferente na escrita de Juliet, apenas achei-a bonita e melodiosa. Uma escrita que cria uma espécie de simbiose entre aquelas letras e a história. Parece que encaixam perfeitamente. Nem sei bem explicar. E, por todas estas qualidades e a fantástica história que está por trás destas 446 páginas, é que lhe vou dar a nota máxima.


Personagens favoritas: Sorcha, Red, Simon, Finbar, Conor, John, Margaret, Ben, O Guarda Que Lhe Mostrou Compaixão.


Nota: 10/10 - Perfeito


Sara

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Entrevista Exclusiva à leitora Sara (aqui do blog)!

(SARA)

1. Sentes de alguma maneira que a partir do momento que entraste no Lydo e começaste a fazer críticas o teu gosto pela leitura modificou-se de alguma forma?
É óbvio que sim. Dantes, apesar de ler bastante em comparação a outros jovens, não tinha conhecimento de tantos autores e a minha vontade de o fazer também não era muita. Na verdade, cingia-me aos livros que me iam oferecendo e às colecções que me chamavam a atenção. Depois, se fosse preciso, lia-as e relia-as as vezes que fossem necessárias. Para além de que a vontade de devorar livros não era tão grande, pois não esperava ansiosamente pelo próximo. Agora, com o vasto conhecimento que fui adquirindo em relação a autores, editoras e coisas assim, comecei a comprar muitos mais livros, a exigir muito mais de mim própria. E estou sempre com vontade de ler o próximo, mas também de não terminar o que estou a ler - se este for mesmo muito bom -, o que cria um sentimento esquisito, mas bom, dentro de mim.

2. Fazendo uma comparação com todos os outros anos da tua vida, em termos de leitura este está a ser dos melhores - mais qualidade?
Sim, sem dúvida alguma. Tal como referi na pergunta anterior, agora que conheço muitos mais autores, exijo muito mais. Conheci autores como, por exemplo, George R. R. Martin que, se visse numa livraria qualquer, nem sequer pegaria nele. Nunca pensei que uma "história sobre reis" (como eu a julguei logo no início) se fosse tornar tão boa. Foi preciso um empurrãozinho, mas depois disso já não conseguia parar! Conheci, assim, uma qualidade de leitura que eu jamais julgara existir - com este autor e tantos outros.

3. Existem alguns autores que dizes "Tenho mesmo de ler um livro dele..." mas não arranjas maneira de o fazer, por não te apetecer?
Antigamente, isso acontecia muitas vezes. Ficava curiosa, mas preferia ficar dentro do meu pequeno mundo de livros aos quais já estava habituada. Mas agora já não tenho problemas desses, porque aprendi a aceitar as sugestões que me dão. Para além de que tenho o Tiago, que, mesmo que eu não consiga comprar o livro em questão, acaba sempre por me emprestar. Posso não tê-lo na minha estante - com muita pena minha -, mas ao menos li-o e isso já é muito bom.

4. Tens alguma hora específica do dia para ler? E preferes férias ou período lectivo?
Eu leio muito à noite. Especialmente nas férias, sim. Mas é mais nas férias de Verão. Consigo ficar acordada mesmo até muito tarde, apenas por estar a ler. Ainda há pouco tempo olhei para o relógio e, quando vi que eram quatro da manhã, nem queria acreditar. Para além de que também não queria fechar o livro, mas lá teve que ser!
No período lectivo torna-se muito complicado. Leio antes de adormecer e nunca passo das 20 páginas porque ando sempre muito cansada. Mas, por vezes, tento ler nas aulas. Não sigam o meu exemplo! Já quase que ia ficando sem livro, uma vez ou outra. E, de outras vezes, também me ameaçaram mandar para a rua. Mas às vezes quero tanto ler aquele livro que não resisto a levá-lo dentro da mala, para o poder ler onde calhar!

5. Tinhas oportunidade de jantar com um autor/autora à tua escolha. Quem escolhias e o que lhe dizias?
Que pergunta mais complicada... No entanto, acho que escolhia a J. K. Rowling. Sei que há muitas pessoas que não acharam a sua saga nada de especial, mas a mim mudou-me a vida. Foi a primeira vez que senti o que é ser fã de qualquer coisa. Sentia mesmo muito carinho pelas personagens e pelo mundo que ela tinha criado. E, assim, ganhei uma curiosidade especial em saber mais acerca dela. Por vezes, vejo documentários acerca dela, mas fico sempre com dúvidas por resolver. Por isso, acho que lhe poria essas dúvidas, durante o jantar, esperando que ela não se fartasse de mim!

6. E agora a mesma pergunta, mas um pouco modificada... um jantar de amigos onde podias convidar, além de ti, 5 personagens de 5 livros diferentes. Quem seria a tua companhia nessa refeição e porquê?
Vou fazer numeração, pode ser? Sou muito organizada nestas coisas.
1 - John Snow (Crónicas de Gelo e Fogo). Sempre o imaginei de uma certa maneira na minha cabeça... E gostava de o ter à minha frente e perguntar-lhe «Como é viver naquele mundo?»
2 - Hugh Harrowfield, mais conhecido por Red (A Filha da Floresta). Apaixonei-me completamente por este homem. Ele é daquele género de personagem que deixa as raparigas a pensar «Quem me dera ter um assim para mim...» Mas o que mais me deixa contente, é que até tenho um.
3 - Hermione Granger (Harry Potter). Sempre tive um fascínio enorme por esta personagem! Não só pela do livro, como pela do filme. E também sempre me identifiquei um bocadinho com ela, o que tornava as coisas mais interessantes.
4 - Nómada (Nómada). Gostava que ela me explicasse pessoalmente todo aquele mundo em que ela vive e me contasse todas as suas aventuras. Seria uma experiência fantástica!
5 - João da Ega (Os Maias). Por ser a personagem mais divertida daquele livro e a que mais cativou. Acho que íamos ter uns debates interessantes.

7. Tens alguma opinião acerca dos e-books e audio-books, que começam a entrar agora no mercado português?
Sinceramente, nem por isso. Quer dizer, nunca experimentei nenhum... Mas também não tenciono experimentar. Penso que me era impossível substituir os meus queridos livros, aqueles com capas espectaculares que ocupam a minha estante e que têm páginas para eu folhear.

8. Qual a tua aspiração máxima enquanto leitora?
Conseguir ler todos os livros que tenciono ler, incluíndo aqueles que ainda nem eu sequer sei que existem! Ah, também não me posso esquecer que gostava de comprar todos os livros das Crónicas de Gelo e Fogo, para ter na minha futura estante. E o quanto gostava também de os ler a todos... Enfim, como vêem, muitas coisas me levariam à minha aspiração máxima enquanto leitora. Mas quantos mais livros ler e gostar, mais realizada me irei sentir.



Esperamos que a entrevista tenha servido para conhecerem melhor a Sara do Lydo e Opinado - ah, e se por acaso conhecerem as personagens com quem ela quer jantar, agradece-se que lhe possam dar os contactos deles para que se torne mais fácil...!!


A Equipa do Lydo e Opinado

domingo, 1 de agosto de 2010

Entrevista Exclusiva ao Leitor Tiago (aqui do blog)!

(EU)


1. Olá Tiago. Sabendo que foste tu um dos fundadores do Lydo e Opinado, podes dizer-nos o porquê deste blog e de onde surgiu a ideia?

Bem, penso que a origem mais antiga e primária do blog vem mesmo do meu gosto por este tipo de espaços - já desde os... meus 13 anos que tinha um ou outro blog, onde fazia reflexões e outras coisas que tais (confesso, pouco interessantes). Foi em Julho de 2008 que, provavelmente inspirado por um ou outro blog que já ia visitando, quis ter um espaço onde pudesse colocar as críticas aos livros que lia. Como conhecia a Patrícia e sabia que ela também gostava de ler, sugeri-lhe um dia, e até coloco aqui um excerto exacto da proposta que lhe tinha feito: «Sugiro-te a abertura de um outro blog conjunto (eu e os blogs conjuntos!) . Um blog com um título do género "As Nossas leituras". Além de darmos criticas aos livros lemos, também vamos falando acerca de novidades do mundo literário que nos interessam, os livros que desejamos adquirir, e tal... entendes? Mas acima de tudo as criticas!». A Patrícia acabou por concordar, decidimos o nome do blog (após muitas tentativas...), e começámos no dia 26. O resto podem ver nos arquivos aqui do Lydo. Foi esta a ideia e o príncipio.

2. O blog tornou-se naquilo que tu tanto sonhavas, ou achas que ainda há muita coisa a melhorar?

O blog ultrapassou, e muito, aquilo que eu poderia ter sonhado na altura. Olho para este espaço hoje em dia e fico mesmo de boa aberta ao ver ao que chegou. Temos umas nove entrevistas exclusivas a autores, tradutores, editoras... é quase inacreditável. É claro que existem outros blogs, profissionais ou não, que conseguem também ir tendo os seus pontos muito fortes... mas o que me faz pasmar com o Lydo é comparar as minhas expectativas iniciais, que quase não passavam de um arquivo para críticas ao que ia lendo, para um projecto com tanto "sucesso" como para mim está a ter... por isso, relativamente à pergunta, é claro que há sempre algumas arestas que podem ir sendo limadas, mas já se tornou e ultrapassou aquilo que imaginava.

3. Nós já reparámos que és sempre tu quem tem mais críticas aos livros. Como é que consegues ler tão depressa? Tens algum horário marcado, ou assim?

Eu não leio depressa. Definitivamente. Uma vez pus-me a fazer uma experiência e contei o tempo que demorava a ler uma página - 2 minutos. É claro que varia de livro para livro, por exemplo, n' Os Miseráveis: a página tem o texto muito condensado, com margens mínimas, e letra muito pequena... e demoro 3 minutos por página. Em média, costumo ler um livro a cada 15 dias (há uns que demoro menos, outros mais). Não me parece que seja uma velocidade rápida, pelo menos quando comparo com tantas outros leitores que conheço de outros blogs literários. Mas a verdade é que vou arranjando espaços num dia em que me dedico a ler - principalmente em período lectivo, as coisas parecem correr melhor. Leio principalmente ao fim da tarde e à noite. Dedico aproximadamente 1 a 2 horas do meu dia a ler. Com Murakami é diferente, porque não consigo largar!

4. Gostas de ler em silêncio ou com música a tocar? Se sim, quais são os teus artistas predilectos?

O silêncio distrai-me. Seja a ler, a estudar, a fazer isto ou aquilo, o que for, o silêncio distrai-me. Por isso, quase sempre que leio meto música a tocar baixinho. Raramente escolho a música, porque a maior parte das vezes o que faço é ligar o rádio, e que toque o que tocar! Quando me apetece ouvir determinada coisa que condiga com a história, género jazz ou música clássica, vou à sala buscar um CD dos muitos que para lá estão, quase sem o escolher, e ponho-o a tocar. Só para existir um som ambiente. Por outro lado também não gosto de meter CD's de músicas cantáveis, porque essas também acabam por me distrair!

5. Sabemos que também gostas de escrever. Já alguma vez te inspiraste em alguns dos teus autores preferidos? Ou tens um estilo muito próprio?


Começando logo pela introdução da pergunta: é verdade. É de facto uma ocupação que faço com muito gosto, quase como necessidade de libertar impuslsos criativos dentro de mim. Pode não acontecer com toda a gente, mas eu, quanto mais leio, mais necessidade tenho de transformar o que leio em ficção minha. Mesmo que não tenha nada a ver, serve de matéria prima para a imaginação. Por isso não vou buscar inspiração a nenhum autor em particular; tudo o que entra permanece, e transforma-se com o tempo. Olho para o que escrevo e não reconheço o estilo de ninguém; nem um estilo meu. No fundo é uma escrita que ainda não descobri o que é bem, que com o passar do tempo hei-de vir a perceber melhor...

6. Qual é, na tua opinião, a melhor altura do ano para ler?

Esta para mim é fácil de responder. O período entre Janeiro e Março, o Inverno, é a altura do ano em que leio mais entusiasmadamente e mais rápido. Chega à Primavera e abrando o ritmo consideravelmente, no Verão o calor faz com que leia pouco, e no Outono assim-assim. O Inverno é mesmo o período do ano em que leio mais - embora não saba explicar porquê.

7. Se tivesses que fazer um Top 5 dos melhores autores, quais escolhias?

Curiosamente no outro dia estava a pensar exactamente nesta pergunta e cheguei à conclusão que não conseguia responder. Os dois primeiros lugares sem qualquer dúvida, e a uma boa distância dos outros - Haruki Murakami e George R. R. Martin. Haruki Murakami, na solidez da sua obra, faz-me agarrar a um livro e não o conseguir largar, leva-me para lá do espelho, para uma outra dimensão do nosso mundo onde tudo é possível e banal. Toca-me particularmente. George Martin devido às Crónicas de Gelo e Fogo - porque para já ainda não li mais do que isso dele. Mas a saga é tão boa, e apetece tanto reler, que o autor é logo colocado como preferido. Quanto aos restantes lugares do TOP 5 que pedes... muito complicado de responder. Seria errado para mim colocar George Orwell, David Soares, ou Eça de Queirós... autores dos quais li apenas uma obra, que gostei muito, mas que, sendo apenas uma, não posso garantir com segurança como retratando o autor em si. Por isso, para referir mais três completanto o TOP 5... Juliet Marillier, Fernando Pessoa (e seus heterónimos), e... podemos ficar apenas com 4? Não consigo descriminar só mais um em específico!

8. Quais são os teus outros hobbies, para além da leitura?

Eu podia começar a dizer uma longa lista de coisas, mas resumo tudo numa palavra: «Divertir-me». O meu hobbie principal, faça esta ou aquela actividade, e tenho tanta coisa que vou fazendo, é sempre com o objectivo de exactamente passar o tempo, aproveitar o dia, e divertir-me. A escrita, a música, as pessoas com quem me dou... e o Lydo e Opinado, por exemplo, ora aí está um hobbie que também vale por uns quantos!




E pronto, com esta entrevista podem ficar a conhecer um bocadinho melhor o Tiago. Para nós, parte desta entrevista já não é novidade, mas o nosso objectivo é que vocês também nos conheçam um bocadinho melhor. Boas leituras e espero que tenham gostado!


Equipa do Lydo e Opinado
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