quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Amanhã... passatempo 'Sonho Febril'!


Lembram-se de termos anunciado o lançamento deste novo livro de George R. R. Martin, 'Sonho Febril', para dia 1 de Outubro? Agora lembramos de novo esse acontecimento, com o acréscimo de que nesse mesmo dia faremos aqui pelo blog um passatempo no qual sortearemos um exemplar do mesmo!

Fica atento.

Tiago

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Novidade - 'A Queda dos Gigantes', de Ken Follet


Há livros cujos lançamentos são em grande. Tudo em grande. Este parece ser um desses exemplos. O novo romance de Ken Follet (autor em grande), será publicado ao mesmo tempo em múltiplos países, já com as devidas traduções (cobertura mundial em grande). O projecto é o primeiro de uma trilogia que acompanhará gerações de diferentes famílias ao longo do século XX (não vos parece algo grande?). Tem 928 páginas (muito grande!). E, para terminar, um preço que é tudo menos pequeno - 29,95€ de preço editor.

De Ken Follet apenas li 'Os Pilares da Terra', aqui há uns dois anos e meio, e posso dizer que adorei. Se na altura me marcou imenso, hoje posso dizer que continua a ser das minhas obras favoritas de sempre, além de ter sido provavelmente um trampolim que me transportou de uma dimensão literária para outra.

A sinopse dá vontade de pegar e devorar... mas a verdade é que desenvolvi um certo trauma em relação a livros deste calibre (tamanho), e as mais de 900 páginas assustam-me e fazem-me hesitar. Assim como o preço. Fica então aqui expresso o desejo de o ler, mas também a certeza de que em princípio esperarei por uma altura mais propícia. Deixo-vos então com a sinopse:

Um documento extraordinário, excepcional no rigor da investigação e brilhante na reconstrução dos tempos e das mentalidades da época.
Ken Follett, esse grande mestre do romance, publica uma nova obra de grande fôlego histórico, a trilogia O Século, que atravessará todo o conturbado século XX. Neste primeiro volume, travamos conhecimento com as cinco famílias - americana, alemã, russa,inglesa e escocesa - que nas suas sucessivas gerações serão as grandes protagonistas da trilogia. Mas não esgotam a vasta galeria de personagens, incluindo figuras reais como Winston Churchill, Lenine ou Trotsky, que irão cruzar-se numa complexa rede de relações, no quadro da Primeira Grande Guerra, da Revolução Russa e do movimento sufragista feminino.
Tiago

P. S. : Quanto aos Miseráveis... não fui tão rápido como queria, e parece que o vou ter de aguentar mais alguns (poucos) dias...

sexta-feira, 24 de setembro de 2010

Já faltou mais...


É verdade, sim senhor. Já faltou mais... para terminar a leitura d' Os Miseráveis, de Victor Hugo. De longe, a minha aventura literária mais longa deste ano, se não de sempre. Estou há quase quatro meses a ler este livro: o andamento não é fácil, como se pode comprovar. Mas a verdade é que, a 200 páginas do fim, o ânimo está redobrado, e estou determinado a terminá-lo até Domingo. Vamos ver no que dá - e depois cá farei a minha crítica (aviso desde já que não deverá ser uma coisa pequena...).

Coragem, Tiago!

Tiago


PS: Estou em crer que, assim que terminar este livro, regressarei ás leituras com unhas e dentes. Como se Os Miseráveis fossem uma rolha, eu a vá tirar da garrafa, e depois sai tudo cá para fora. Isso também significa mais actividade no Lydo e Opinado.

domingo, 19 de setembro de 2010

Nova Aquisição - 'About a Boy'!


Qual o resultado de escolher a disciplina opcional de Inglês no 12º ano de Línguas e Humanidades? Ler livros que provavelmente nunca teria conhecido sequer de outra forma. Este 'About a Boy' de Nick Hornby parece bastante interessante e já o adquiri - na sua língua original. Pelos vistos vou ter de o ler e analisar para a disciplina. E pelos vistos já existia uma adaptação cinematográfica e eu nunca tinha ouvido falar. Estive a ler a sinopse e parece-me interessante:

Will is thirty-six but acts like a teenager. He reads the right magazines, goes to the right clubs and knows which trainers to wear. He's also discovered a great way to score with women - at single parents' groups, full of available (and grateful) mothers, all waiting for Mr Nice Guy. That's where he meets Marcus, the oldest twelve-year-old in the world. Marcus is a bit strange: he listens to Joni Mitchell and Mozart, he looks after his Mum and he's never even owned a pair of trainers. Perhaps if Will can teach Marcus how to be a kid, Marcus can help Will grow up...

E já encomendei mais outro livro, também para analisar na disciplina, que tem de se mandar vir de lá de Inglaterra porque cá não existe. Quando o tiver nas mãos digo qual é.

Tiago

sábado, 18 de setembro de 2010

Crítica - After Dark, Os Passageiros da Noite


Título: After Dark - Os Passageiros da Noite
Autor: Haruki Murakami
Tradutora: Maria João Lourenço
Editora: Casa das Letras
Nº de Páginas: 225
Preço Editor: 16,15€

Sinopse: Por uma noite, Murakami leva-nos com ele através de uma Tóquio sombria, onírica, hipnótica. Um deslumbrante romance perpassado de uma singular atmosfera poética, na fronteira entre a realidade e o universo fantasmático, onde cada pormenor, olhado retrospectivamente, faz sentido. Num bar, Mari encontra-se mergulhada num livro, enquanto bebe o seu chá e fuma cigarro atrás de cigarro. Às tantas, entra em cena um músico que a reconhece. Ao mesmo tempo, encerrada num quarto, Eri, a irmã de Mari, dorme com os punhos cerrados, sem saber que está a ser observada por alguém. Em torno das duas irmãs desfilam personagens insólitas: uma prostituta chinesa vítima de agressão, a gerente de um hotel do amor, um técnico informático, uma empregada de limpeza em fuga. Sucedem-se acontecimentos bizarros: um aparelho de televisão que, de um momento para o outro, começa bruscamente a funcionar, um espelho que conserva os reflexos. Em Tóquio, durante as horas de uma noite, vai desenrolar-se um estranho drama...


Há uns meses passou-me pela cabeça uma ideia meio tresloucada. Quem me conhece sabe que eu não sou pessoa de ler rápido, demoro um tempo considerável por página. Daí que por vezes demore mais tempo do que gostaria a ler um livro. Há no entanto um autor chamado Haruki Murakami, japonês, que me hipnotiza com as suas palavras e me deixa agarrado às suas obras. Quando na Feira do Livro de Lisboa deste ano comprei o “After Dark – Os Passageiros da Noite”, decidi quase de imediato que, quando o lesse, seria de seguida, numa só noite. Pareceu-me uma decisão natural – como todo o enredo era também todo ele passado nas horas de lua, porque não ler em tempo real? A ideia aliciou-me.

A noite de 5 de Setembro foi a escolhida. Fui beber água, acender a luz do quarto, abrir a janela e fechar os estores, encostar a porta do quarto, abrir o armário, pegar no livro, deitar-me na cama, encará-lo de frente, olhar para ele numa antevisão do que o serão me prometia. Eram 10 horas da noite e vinte minutos. As minhas previsões feitas antecipadamente, tendo em conta as 220 páginas, diziam que demoraria entre 5 a 6 horas. O meu coração batia acelerado só na perspectiva da aventura em que ia entrar. Por fim abri na primeira página do primeiro capítulo.

«Diante de nós desenham-se os contornos da cidade.»; sim, vejo-os, todos os altos arranha-céus, os limites, as ruas, as esquadrias e as assimetrias, tudo o que uma cidade pode oferecer ao nível da forma. Vejo-os diante de mim como se lá estivesse. Bastou uma frase para ser puxado – com Murakami é sempre assim, visto que parto à partida com a certeza de que aquele é o meu ambiente, e não precisarei de tempo para me ambientar. Atiro-me de cabeça.

As primeiras duas páginas são mais do que imagens – é todo um conforto que sinto de me imaginar lá, no meio de toda a vivacidade da noite japonesa, o movimento em Tóquio, a azáfama das ruas; tudo isso são presenças – células – circulando pelas ruas – artérias. Toda a cidade é um corpo. A metáfora de Murakami conquista-me facilmente, porque consigo imaginar que o é de facto. Cada cidade é um corpo composto de inúmeras células, sempre em metabolismo, sempre trazendo algo de novo umas às outras.

Há qualquer coisa de muito cativante no princípio desta história. Em poucos parágrafos Murakami dá-nos a conhecer o cenário deste livro, e todo o mecanismo vivo que o vai alimentar. Na noite de Tóquio existe toda uma quantidade de pessoas diferentes, que estão ali com objectivos diferentes, cada um vivendo para a sua própria noite – a noite particular de cada um deles. Mas que, no fundo, está sempre em contacto com as dos outros. A minha história de vida que se cruza com outra história de vida quando sou interpelado na rua. Cruzamentos e ligações que se darão debaixo do néon luminoso, e os ecrãs que vão diminuindo o seu brilho e som à medida que se aproxima a meia-noite.

Ao invés de sentir que o dia acabou, sinto que é a noite que está a começar. A minha e a de todas aquelas personagens que as poucos me vão sendo apresentadas, e as quais acompanho de tão perto sem que possa interferir na acção – é Murakami que leva aqui e ali, apontando para os sítios onde devo olhar. A certa altura entro na dúvida se estarei a ler um livro, ou a ver um filme. A linguagem do autor neste livro, em particular, é muito cinematográfica; em certos pontos parece-se extraordinariamente com um guião. Uma nova faceta da sua escrita que, após sete livros, ainda não conhecia! Tive de esperar pelo oitavo (pergunto-me o que ainda virá nos próximos por ler…).

A primeira metade do livro é tudo menos silenciosa. Temos música de fundo em muitos dos capítulos, ou que vai tocando nos bares, ou nos restaurantes, ou nas lojas, ou que as personagens simplesmente cantarolam. Há muito jazz, referindo logo à partida a música que provavelmente também serve de mote para o título do livro: “Five Spot After Dark”. Mas não só! Blues, música clássica, e mesmo música pop japonesa… temos de todos os tipos de sonoridade nesta obra. Ah, e é claro, também temos a música das palavras e dos diálogos. E a do silêncio.

O fim, igual a tantos outros de Murakami, completa-me. Os finais abertos deste autor conquistam-me pela magia que transmitem – nada está terminado, apenas vamos deixar de contar por aqui. Existem tantas histórias por desenrolar, e podemos calcular o que aconteceria a seguir. Mas a noite tem fim. E ao nascer do sol as pessoas levantam-se e começam um novo dia. Para quem viveu intensamente a noite, neste drama sinistro, melodramático, tão pessoal e comovente, é agora altura de descansar – sozinho ou junto de quem se mais gosta. Com a esperança de que as últimas seis horas tenham mudado positivamente a vida a uns, e a tristeza de que para outros tenha sido tão profundamente cruel. E ainda há aqueles para quem a noite não passou disso – mais uma igual a tantas.

No fundo, este livro continua com o leitor muito depois de ter terminado. No fundo não conseguimos deixar de pensar na forma como a vida é tão sensível às mudanças exteriores, que cruzarmo-nos com uma dada pessoa pode mudar uma perspectiva de vida. Passageiro da noite como fui, às três da manhã pousei o livro na minha mesa de cabeceira, depois de ler a última página, fechei a janela, apaguei a luz, deitei-me e adormeci. Sabendo que a manhã seguinte seria um novo dia… mas que “After Dark” ia continuar comigo por muito, muito tempo.

Personagem Preferida: Naoku, e Mari, e o músico de jazz.

Nota: 9/10

Tiago


PS: Quanto à leitura dos Miseráveis, que se estende já por todo o Verão, entrei agora nas últimas 250 páginas, e espero lançar-me até ao fim. Já não era sem tempo, não é?

quarta-feira, 15 de setembro de 2010

A Filha da Profecia - Crítica

Nome: A Filha da Profecia
Autora: Juliet Marillier
Editora: Bertrand Editora
Tradução: Irene Daun e Lorena e Nuno Daun e Lorena
Páginas: 477
Sinopse: "No seguimento de A Filha da Floresta e O Filho das Sombras, Juliet Marillier apresenta-nos agora A Filha da Profecia, assombrosa conclusão da trilogia Sevenwaters. Uma história de lealdade e amor carregada de elementos mágicos, que recorda o passado Celta da Irlanda.
Fainne foi ciada numa enseada isolada na costa de Kerry, com uma infância dominada pela solidão. Mas o pai, filho exilado de Sevenwaters, ensina-lhe tudo o que sabe sobre artes mágicas.
Esta existência pacífica será ameaçada em breve, e a vida de Fainne jamais será a mesma. Quando a avó, a temida feiticeira Lady Oonagh, se impõe na sua vida. Com a perversidade que a caracteriza, a feiticeira conta a Fainne que tem um legado terrível: o sangue de uma linhagem maldita de feiticeiros foras-da-lei, incutindo nela um sentimento de ódio profundo e, ao mesmo tempo, a execução de uma tarefa que deixa a jovem aterrorizada. Enviada para Sevenwaters com o objectivo de destruí-la, vai usar todos os seus poderes mágicos para impedir o cumprimento de uma profecia.
A trilogia que apresentamos traz-nos toda a riqueza da mitologia celta e o fascínio dos contos de fadas que vivem no nosso imaginário, transportando-nos para um mundo de aventuras e misticimo."


Uma coisa que me chamou bastante a atenção neste livro foi o facto de ser contado por Fainne, uma rapariga que é completamente diferente de Sorcha e Liadan. O que a diferencia, principalmente, é o facto de o seu "lado mau" estar muito presente, ao contrário das outras, que foram as heroínas dos livros e anteriores e, também, as "boas da fita". Para além disso, apesar de o título ser um grande spoiler, adorei a maneira como o livro deu a volta à profecia em si.


Também adorei o novo casal. Com características completamente diferentes e imensos obstáculos a separá-los, acabaram por tornar-se ainda mais interessantes e deliciosos de acompanhar. Foi, talvez por isso, um grande prazer ler as últimas páginas. A história deste livro parece distanciar-se um pouco dos outros dois livros. No entanto, acaba por fazer todo o sentido que assim seja.


Achei a luta final um pouco maçadora, pois estava à espera de algo muito maior, algo que demonstrasse os verdadeiros poderes de Fainne - o que não aconteceu. Pareceu apenas uma troca de insultos, palavras e feitiços.


No entanto, vou dar, mais uma vez, a nota máxima a este livro. Gostei, especialmente, do facto de este nos alertar para o futuro - que agora é o presente. A maneira como eles se ligavam à Mãe Natureza e a veneravam, é algo que me fez ler estes três livros com muito apetite. Talvez não consiga aceitar por completo a religião cristã por pensar mais ou menos como eles. Mas isso já não é chamado para aqui. E a maneira como os livros acabam por se interligar com os tempos de hoje também me fascinou bastante.


Na minha opinião, foi o mais fraco dos três. Mas não deixou de ser fantástico!


Personagens favoritas: Fainne, Ciarán, Finbar, Darragh, Johnny, Sibeal, Sean, Conor.


Nota: 10/10


Sara

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Capa de 'Sonho Febril', de George R. R. Martin!


Foi divulgada há cinco minutos no twitter da editora 'Saída de Emergência' a capa do novo livro publicado em Portugal de George R. R. Martin - Sonho Febril - e está simplesmente linda. O livro será posto à venda dia 1 de Outubro!

Tiago
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