sexta-feira, 13 de maio de 2011

Teodora e as Estátuas Misteriosas - Crítica

Nome: Teodora e as Estátuas Misteriosas
Autora: Luísa Fortes da Cunha
Editora: Editorial Presença
Páginas: 106
Sinopse: "No Mundo Paralelo outro ano passou. A Primavera já promete dias lindos e felizes. Mas, como sabes, ser fada também implica grandes responsabilidades, e Teodora vai ter que passar por mais uma prova no concurso do Encontro Anual de Fadas. Mas Teodora está radiante, mesmo depois de saber que o Mago Saramago tem mais uma missão difícil para ela. Apesar de um pouco assustada, está muito contente porque, além do Alex e do Gil, desta vez vai com a sua irmãzinha Pilar de quem já não sabia há muito tempo. Pilar não é fada, mas é tão corajosa e esperta quanto Teodora. Enfim, tudo isto vai obrigá-los a viajar muito! O roteiro passa pela Pérola do Atlântico (sabes que outro nome tem esta ilha?), pela Venezuela, pelo "laboratório da evolução" (alguma vez ouviste falar deste lindíssimo cenário?) e por fim pelo "Umbigo do Mundo", como carinhosamente lhe chamavam os desaparecidos habitantes, onde tudo o que resta são umas colossais estátuas de pedra... Mas tu podes acompanhá-los e descobrir tudo acerca dessas terras que realmente existem, das suas lendas, dos tesouros que encerram e dos objectos mágicos que Teodora tem de ir lá buscar. E também sabes quanto te podes divertir na companhia destes amigos!"


Este é, nada mais nem nada menos, que o sexto livro desta colecção. Visto que é o primeiro que leio - e talvez em idade demasiado avançada - posso dizer que encontrei muitas falhas.

Teodora é a sétima filha de uma senhora, tendo tornado-se numa fada. Quem é a senhora? Qual é o simbolismo do número sete? Não faço a mínima ideia, talvez por não acompanhar a saga desde o início. Pelo que eu percebi, as suas irmãs estão espalhadas pelo Mundo e ela vive com a madrinha que, pelos vistos, a explora sempre que pode e trata-a mal. Ela sabe que Teodora é uma fada, mas tenta não entrar nesse seu Mundo Paralelo. Este cenário lembra-vos alguma coisa? A mim faz-me pensar numa mistura de Cinderela com Harry Potter. No entanto, tem que se dar crédito para algumas ideias espalhadas ao longo do livro - essas parecem ser originais - e também à pesquisa que a autora fez para cada local escolhido a fazer parte da aventura.

Passei a história toda sem perceber como eram caracterizados Teodora e os seus amigos. À falta de descrições, tive que imaginá-los à minha maneira. E houveram outras coisas que não percebi, como por exemplo o facto de Teodora ser considerada uma das melhores fadas. Porquê? Não a vi lutar por nenhuma causa em específico, para além de que nunca consegue fazer nada sozinha - foi essa a ideia com que fiquei. Ou seja, como podem perceber, não simpatizei com este livro. A heroína não é, de facto, uma heroína bem construída.

Para além de todos estes defeitos, achei o livro muito vazio. A acção decorre demasiado depressa, o que nos dá a sensação que estamos a assistir a um filme em fast foward. Chega mesmo a existir um capítulo que se chama "O monstro de doze pés" - monstro esse que só aparece em vinte e uma linhas em onze páginas. Isto é apenas um exemplo, mas é o que mais acontece ao longo de toda a história; aventuras que passam demasiado depressa, pouco planeadas e com desfechos esquisitos.

Talvez com mais amadurecimento de ideias, Luísa Fortes da Cunha me tivesse agradado. Mesmo sendo um livro para crianças, achei-o muito pobrezinho.

Personagens favoritas: Pigmaleão e Mago Pascoal.

Nota: 4/10 - Razoável

Sara

1 comentário:

Anónimo disse...

Sara, concordo plenamente contigo. O único livro que vale a pena na série é o 1º.

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